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Política/Turquia

Militares turcos mortos em recontro com o PKK

Oito militares turcos foram mortos durante um recontro com militantes curdos do PKK( Partido dos Trabalhadores do Curdistão), ocorrido no sudeste do país. Estas mortes contribuem para aumentar no número de vítimas no seio dos militares, desde a recente tentativa de golpe de Estado abortada na Turquia. Paralelamente, o Presidente Recep tayyip Erdogan prossegue a sua purga através do país, ao ordenar no sábado a prisão de 17 jornalistas acusados de serem membros de um grupo terrorista.

Bandeira  do PKK(Partido dos Trabalhadores  do Curdistão).
Bandeira do PKK(Partido dos Trabalhadores do Curdistão). AFP/ PHOTO/AHMAD AL-RUBAYE
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   O confronto entre tropas turcas e militantes curdos do PKK(Partido dos Trabalhadores do Curdistão) ocorreu na noite de sexta-feira, próximo da localidade de Cukurka , na província de Hakkari, situada no sudeste da Turquia. Segundo um comunicado do Exército turco, para além das oito mortes, 25 militares ficaram feridos durante o recontro que teve lugar numa zona fronteiriça com o norte do Iraque, quando as tropas turcas efectuavam uma inspecção de segurança. O comunicado informou também que oito rebeldes curdos morreram, após uma operação da força aérea turca.

 Recontros entre as forças turcas e os rebeldes do PKK têm ocorrido desde o dia 15 de Julho, data em que se verificou a fracassada tentativa de golpe de Estado militar, visando destituir o Presidente Recep Tayyip Erdogan. Várias centenas de membros das forças de segurança turcas morreram em ataques do Partido dos Trabalhadores do Curdistão,desde o colapso em Julho de 2015 do cessar-fogo de dois anos, assinado entre o governo turco e os rebeldes curdos. Como reacção ao fim do cessar-fogo, as autoridades turcas têm realizado operações militares que resultaram na morte de milhares de membros do PKK.

 As mortes dos oito militares têm lugar paralelamente à repressão contra o golpe de Estado fracassado. No sábado 17 jornalistas turcos foram detidos pelas forças de segurança turcas, sob suspeita de terem conspirado para o golpe abortado. Entre os jornalistas presos, estão o veterano Nazli Ilicak e Hanim Busra Erdal, antigo correspondente do diário turco Zaman, considerado pelo regime de Recep Tayyip Erdogan como favorável à Fethullah Gulen. Antigo mentor de Erdogan, o imã Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos, é acusado pelo Presidente turco de ser o instigador do golpe abortado.

 

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