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Brasil

Adiada destituição de Dilma Roussef no Brasil?

O presidente interino da Câmara de deputados no Brasil, Waldir Maranhão, anulou o processo de destituição em curso contra a presidente brasileira Dilma Roussef e isto a dois dias do Senado, se pronunciar sobre o seu caso, decisão que parece ser ilegal.

Presidente brasileira Dilma Roussef sob ameaça de destituição suspensa por Presidente interino da câmara de deputados
Presidente brasileira Dilma Roussef sob ameaça de destituição suspensa por Presidente interino da câmara de deputados REUTERS/Ueslei Marcelino
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Waldir Maranhão, presidente interino da Câmarade deputados, anulou esta segunda-feira, 9 de maio, por vício de forma o voto de 17 de abril dos deputados sobre a destituiçao da presidente Dilma Roussef.

Maranhão, recorde-se, substituiu na semana passada Eduardo Cunha que lançou todo este processo e está a ser investigado num caso de obstrução sobre o escândalo de corrupção na Petrobras em que está envolvido.

O processo de destituiçao de Dilma Roussef, está no Senado que deveria votá-lo na próxima quarta-feira, cujo presidente devia dar esta segunda-feira uma conferência de imprensa, para se pronunciar sobre a decisão de Waldir Maranhão, que para ser ilegal, um acto jurídico inexistente e inconsticuional.

Já estava decidido que a destituição de Roussef ia a votos esta quarta-feira, 11 de maio, e segundo os analistas tudo indicava, que os 81 senadores estavam decididos a aprovar a recomendação duma comissao especial do Senado que tinha aprovado, o "impeachement", votado igualmente pela Câmara de deputados.

O jornalista e economista brasileiro, Wagner Cardoso, afirma que a anulação é ilegal, acredita que o processo de destituição vai ser relançado pelo Senado e analisa ainda a situação da Petrobras e a crise económica que atravessa o Brasil.

03:25

Wagner Cardoso, jornalista e economista brasileiro

 De notar enfim, que depois desta entrevista que já qualificava de ilegar a medida de anulação da destituição da presidente, Dilma Roussef, o mesmo Waldir Maranhão, voltou atrás, e revogou o seu próprio acto.

Waldir Maranhão, que sabia ter cometido uma ilegalidade, retractou-se, relançando assim o procedimento de destituição de Dilma Roussef, no Senado, na quarta feira, 11 de maio, tendo em conta que soube que a mesa da directoria da instituição parlamentar, ia reunir-se hoje, 10 de maio, para anular o seu acto ilegal.

Conclusão: a destituição de Dilma Roussef, vai mesmo para a frente, competindo a última palavra ao Senado.

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