Um terço das offshores teve origem na China
Segundo novos dados revelados hoje pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação quase um terço das firmas "offshore" revelado nos “Panamá Papers ” teve origem em Hong Kong e na China continental. No conjunto, os escritórios na China da Mossack Fonseca, empresa alegadamente envolvida em esquemas de evasão fiscal, criaram 16.300 empresas de fachada, ou 29% do conjunto mundial.
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Um terço das firmas "offshore" expostas no “Panamá Papers” teve origem em Hong Kong e na China continental, anunciou hoje o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação. No conjunto, os escritórios na China da Mossack Fonseca, empresa alegadamente envolvida em esquemas de evasão fiscal, criaram 16.300 empresas de fachada, ou 29% do conjunto mundial.
Argentina investiga Macri
Entretanto a justiça argentina anunciou hoje a abertura de inquérito ao presidente Maurício Macri, cujo nome figura no registo de sociedades "offshore". A investigação que pretende saber se Maurício Macri se terá esquecido de completar a declaração de bens que é obrigatória segundo a lei do país, surge depois de na véspera a oposição ter apresentado uma queixa contra o chefe de Estado por evasão fiscal.
Demissões sucedem-se
Desde que foi tornado público, o escândalo fiscal continuar a fazer rolar cabeças. Hoje foi o presidente do conselho de administração de um banco regional público na Áustria, Michael Grahammer. O homem que é citado na investigação que feita à empresa Mossak Fonseca, terá permitido que o oligarca russo, Guennadi Timchenko,um próximo do presidente Vladimir Putin, efectuasse operações de branqueamento de capitais nas Ilhas Virgens.
O presidente russo, Valdimir Putin, reagiu esta quinta-feira pela primeira vez às acusações de que tem sido alvo referindo que são feitas pelos opositores que pretendem desestabilizar o país. Também na Holanda, Bert Meerstadt, quadro de um gabinete consultivo do banco ABN Amro, apresentou demissão depois de ter sido revelado que o seu nome nome aparece numa empresa nas Ilhas virgens britânicas.
"Panama Papers" chega ao futebol
O mundo do desporto começa a ser abalado. Esta quarta-feira demitiu-se um dirigente da comissão ética da FIFA, e foi ainda efectuada uma rusga à sede da UEFA na Suíça. Em causa está o antigo secretário geral Gianni Infantino, que é citado na investigação devido a um contrato suspeito assinado em 2006 para a venda de direitos televisivos da Liga dos Campeões a uma empresa offshore detida por dois empresários argentinos também envolvidos no escândalo de corrupção na FIFA.
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