Cimeira europeia tenta fechar acordo com a Turquia
Esta quinta e sexta-feira os dirigentes da União Europeia estão reunidos em Bruxelas, na Bélgica, para fechar um acordo histórico com a Turquia sobre os refugiados. Um acordo que não se adivinha fácil de encontrar.
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As divisões e as críticas estão bem presentes no seio da União Europeia, mas os europeus concordam num ponto: o objectivo é pôr fim à chegada ilegal de migrantes ao território europeu. No entanto será necessário convencer os países europeus a aceitaram as contrapartidas da Turquia.
O acordo estabelecido entre a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu visa oferecer uma solução para a crise migratória.
A expulsão para a Turquia dos refugiados sírios que chegaram ilegalmente nas ilhas gregas é o ponto que suscita mais críticas de alguns representantes europeus.
A segurança dos refugiados, na Turquia, também tem de estar em conformidade com as regras internacionais, algo ainda por resolver segundo fontes próximas do presidente francês, François Hollande.
A Turquia é candidata à União Europeia há anos, e certamente vai aproveitar esta ocasião para abrir novos capítulos na discussão para a adesão à UE.
Problema : Ancara apenas preenche 10 dos 72 critérios exigidos pela União Europeia para avançar nesse dossiê. Abrir novos capítulos também quer dizer abordar o problema com Chipre, o que parece ainda mais complicado.
A Turquia, que proibiu o acesso aos portos e aeroportos aos navios e aviões com pavilhão cipriota, recusa até de reconhecer a existência legal desse país. A ilha cuja parte norte é turcófona, separada do sul desde 1974, tem um estatuto de Estado para Ancara.
No entanto, e na expectativa de uma reunificação, são as autoridades de língua grega de Nicósia que são representadas na União Europeia. Chipre mostra, por isso, reticiências em aceitar os acordos com a Turquia.
Ouça a crónica sobre a crise migratória.
Crónica de Marco Martins
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