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Política/Coreia do Norte

Coreia do Norte: ONU poderia reforçar sanções

O regime norte-coreano decidiu efectuar na passada quarta-feira mais um ensaio nuclear, que foi condenado pelo Conselho de Segurança e por vários sectores da comunidade internacional. Segundo Miguel Santos Neves do Instituto de Altos Estudos de Lisboa, a postura do governo liderado por Kim Jong-un tem muito haver com um eventual enfraquecimento do regime perante o reforço das sanções da ONU à partir de 2013.

Kim Jong  Un rodeado por dignatários do regime norte-coreano. 07 Janeiro 2016
Kim Jong Un rodeado por dignatários do regime norte-coreano. 07 Janeiro 2016 KCNA
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O quarto e último ensaio nuclear em data da Coreia do Sul foi condenado unânimente pelo Conselho de Segurança da ONU, no seio do qual a China, aliado tradicional de Pyongyang, apelou o regime liderado por Kim Jong-un a ter outra postura.

Pyongyang que reivindica agora a posse de uma bomba de hidrogénio, poderia, segundo os analistas, estar a evidenciar a sua vontade de autonomia perante a tutela chinesa e de retoma do processo negocial com as Nações Unidas, com o objectivo de abrandar as sanções reforçadas em 2013.

Após a condenação do ensaio nuclear de quarta-feira pelos quinze países do Conselho de Segurança, a ONU poderá tomar novas medidas para reforçar o pacote de sanções contra o regime norte-coreano.

Os Estados Unidos,a Coreia do Sul e o Japão, anunciaram que vão examinar a aplicação de medidas mais constrangedoras para levar a Coreia do Sul a respeitar as regras internacionais de não-proliferação de armas nucleares.

De acordo com o investigador Miguel Santos Neves, do Instituto de Altos Estudos de Lisboa, este teste nuclear no início de 2016 reflecte os efeitos do enfraquecimento gradual do regime norte-coreano perante o acréscimo das sanções, bem como a sua vontade de voltar a mesa de negociações com a ONU.

 

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Miguel Santos Neves. 07.01.2016

 

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