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Política/Argentina

Eleições na Argentina podem encerrar era Kirchner

Neste domingo, dia 22 de Novembro, decorre a segunda volta da eleição presidencial argentina que coloca frente a frente, Daniel Scioli, candidato do centro esquerda apoiado pela presidente cessante, Cristina Kirchner, e Maurício Macri, o liberal de centro-direita e ex-presidente da Câmara de Buenos Aires.

Daniel Scioli e Mauricio Macri,antes do debate televisivo de 15 de Novembro de 2015.
Daniel Scioli e Mauricio Macri,antes do debate televisivo de 15 de Novembro de 2015. REUTERS/Marcos Brindicci
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Os 32 milhões de eleitores de Argentina deslocaram-se neste domingo às urnas para eleger o sucessor da presidente Cristina Kirchner. As últimas sondagens realizadas, antes do escrutínio desta segunda volta apontam para uma ligeira vantagem do candidato Mauricio Macri, liberal do centro-direita, ex-presidente da Câmara Municipal de Buenos Aires e representante da coligação Cambiemos ( Mudemos) , em detrimento de Daniel Scioli .

Scioli é o candidato da esquerda, apoiado pela presidente cessante, Cristina Kirchner. Na primeira volta do escrutínio efectuado em 25 de Outubro, Daniel Scioli liderou com 37.08% dos votos. O seu rival Mauricio Macri ,que obteve 34.15% dos votos na primeira volta, segundo os analistas, beneficia do desgaste de doze anos do chamado peronismo de esquerda e em consequência disso poderia vencer a eleição presidencial argentina de 2015 com uma curta vantagem.

Macri cuja intenção é relançar a economia, orientando-a para uma mais ampla liberalização e limitando o intervencionismo do Estado, afirmou também que redefinirá a política estrangeira da Argentina com o objectivo de alinhá-la com Washington. Os seus detractores receiam um retorno às políticas neoliberais do antigo presidente Carlos Menem, na década de noventa, que resultaram no caos económico e num desemprego massivo no sector público argentino.

A Argentina atravessou entre 2003 e 2010 um período de prosperidade económica, durante a presidência de Nestor Kirchener, que reduziu as desigualdades, relançou o emprego e contribuiu para uma maior integração regional, através nomeadamente do Mercosul, equivalente de mercado comum sul-americano, do qual também é membro o seu poderoso vizinho, o Brasil.

Daniel Scioli no decurso da campanha para a Casa Rosada (palácio presidencial e sede do executivo argentino) reafirmou o seu comprometimento em prosseguir a luta contra as disparidades na sociedade argentina e em redinamizar a política económica implementada desde 2007 por Cristina Kirchner. O seu adversário Mauricio Macri soube contudo construir uma aliança heteróclita de todos os descontentes com a governação de Cristina Kirchner e promover a vontade de mudança no seio da sociedade , como nos explicou Joaquim Coelho Campina director do Jornal Português de Buenos Aires.

 

02:29

Joaquim Coelho Campina. 22.11.2015

     

                 

                     

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