Estados Unidos e Cuba reabrem embaixadas

Os Estados Unidos e Cuba reabriram oficialmente nesta segunda-feira, 20 de Julho, as respectivas embaixadas em Havana e Washington, respectivamente. Uma medida que intervem após 54 anos de ruptura e que foi tornada possível por um acordo cubano-americano de 30 de Junho.

A bandeira cubana é içada no Departamento de Estado americano em Washington, 20 de Julho de 2015. AFP/Paul J Richards

Trata-se de um novo capítulo na reaproximação encetada no ano passado entre os líderes americano, Barack Obama, e cubano, Raul Castro.

No Departamento de Estado norte-americano a bandeira vermelha, branca e azul, já flutua no exterior do edifício, símbolo do restabelecimento das realções diplomáticas bilaterais.

Uma cerimónia em Washington terá lugar ainda hoje na missão cubana na capital americana.

Na embaixada americana da Havana que agora reabre oficialmente o içar da bandeira estrelada deverá ocorrer apenas aquando de uma deslocação do secretário de Estado, John Kerry, em data ainda não divulgada.

John Kerry que se avistou esta segunda-feira com o seu homólogo Bruno Rodríguez no departamento de Estado norte-americano, o que constituiu a primeira visita deste tipo de um diplomata de Havana desde 1958. Kerry e Rodríguez cumprimentaram-se perante as objectivas dos jornalistas antes de encetar uma reunião bilateral.

As relações diplomáticas estavam interrompidas desde 1961 e foi só em 1977 que Jimmy Carter e Fidel Castro, líderes americano e cubano respectivamente, abriram no local das antigas embaixadas secções de interesse que acabariam por ficar sob protecção da Suíça.

A normalização porém está longe de ser adquirida já que muitos assuntos polémicos ficaram por resolver. O levantamento do embargo americano, a devolução a Cuba da base naval de Guantanamo, os biliões de dólares de indemnização reclamados por Americanos aquando da revolução cubana, a extradição dos fugitivos refugiados em Cuba e procurados pela justiça americana, nomeadamente.