Obama encontra premiê do Iraque e admite que vitória contra grupo EI "não é para amanhã"
Nesta terça-feira (14), em Washington, o presidente Barack Obama recebeu o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, em sua primeira visita aos Estados Unidos. Ambos conversaram sobre o combate aos jihadistas do grupo Estado Islâmico e o premiê pediu mais armas e equipamentos para enfrentar o inimigo.
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Esta foi a primeira viagem de Haider al-Abadi desde a sua nomeação. Ele foi recebido no famoso escritório oval da Casa Branca, um sinal de prestígio. A conversa entre os dois homens girou em torno da luta contra o grupo Estado Islâmico. Abadi pediu meios suplementares para combater o grupo Estado Islâmico, como helicópteros Apache, drones e outras armas para aumentar a eficiência nos confrontos.
Mesmo se para Obama a derrota dos jihadistas e o respeito à soberania do Iraque são prioridades, ele não se comprometeu a entregar mais helicópteros e armas à Bagdad.
Já no plano humanitário, o presidente foi mais preciso e anunciou o desbloqueio de uma ajuda suplementar de US$200 milhões.
Vitória difícil
Barack Obama declarou no final do encontro que já houve progressos importantes contra o grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, mas reconheceu que a vitória "não é para amanhã".
O EI conquistou grandes áreas no norte e oeste do Iraque, entre elas, a importante cidade de Mossul. Os ataques aéreos da coalizão internacional, dirigida pelos Estados Unidos, permitiram a retomada de 25% a 30% do território, segundo o departamento americano da Defesa.
O primeiro-ministro al-Abadi prometeu a Obama liberar as zonas sob controle dos jihadistas, porém, o combate é desigual pois as tropas iraquianas são mal treinadas, mal equipadas e sofrem baixas constantes com as deserções.
Soberania
A reconquista da cidade estratégica de Tikrit, no fim de março deste ano, foi uma etapa importante no combate contra os jihadistas e teve a ajuda de milícias xiitas apoiadas pelo Irã. Obama lembrou a importância dessas milícias ficarem sob as ordens do governo de Bagdá e respeitarem a soberania do Iraque.
Haider al-Abadi ficará três dias em Washington e encontrará a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, assim como nomes do setor privado norte-americano.
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