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Jordânia/Estado Islâmico

Jordânia executa dois jihadistas em represália à morte de piloto queimado vivo pelo EI

Em represália à morte do piloto jordaniano queimado vivo pelo grupo Estado Islâmico, a Jordânia executou na manhã desta quarta-feira (4) dois jihadistas presos no país.

O assassinato brutal do piloto Maaz al Kasasbeh provoca comoção na Jordânia.
O assassinato brutal do piloto Maaz al Kasasbeh provoca comoção na Jordânia. REUTERS/Stringer
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A primeira execução foi da iraquiana Sajida al-Rishawi, condenada por participação em atentados em Amman, em 2005. O grupo Estado Islâmico (EI) chegou a pedir que ela fosse libertada em troca de um refém japonês, assassinado recentemente pelos jihadistas. O segundo terrorista executado pela Jordânia por enforcamento foi Ziad Karbouli, responsável local da Al-Qaeda. A confirmação das execuções foi feita pelo porta-voz do governo de Amã, Mohammad Momani.

A Jordânia havia alertado que sua resposta seria "terrível", caso o grupo tirasse a vida do piloto que foi parar nas mãos dos jihadistas depois da queda de seu avião na Síria, em dezembro passado.

O vídeo divulgado ontem pelo grupo Estado Islâmico mostra o piloto Maaz al Kasasbeh sendo queimado vivo, dentro de uma jaula, como um animal. O crime com requintes de sadismo teria ocorrido no dia 3 de janeiro. A morte do piloto, um muçulmano sunita que participava da coalizão internacional contra o EI, chocou a Jordânia. O rei Abdulla II encurtou sua viagem aos Estados Unidos para voltar ao país.

Brutalidade é aviso

O presidente americano, Barack Obama, disse que "se o vídeo for mesmo autêntico, é mais uma prova da brutalidade e da barbárie desta organização [EI]".

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, condenou um ato "desprezível e imperdoável". Dias atrás, dois japoneses foram decapitados pelo grupo.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, também condenaram a violência dos jihadistas.

A brutalidade do vídeo provoca um questionamento se a Jordânia deve continuar ou não na coalizão que luta contra o Estado Islâmico. Os jordanianos parecem profundamente divididos sobre a questão.

Especialistas ouvidos pela RFI consideram que o piloto jordaniano foi queimado vivo para mostrar à coalizão árabe-ocidental o que poderia acontecer com seus soldados em uma eventual ofensiva terrestre contra o EI no Iraque. 

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