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Ucrânia/eleições

Partidos ucranianos tentam formar coalizão depois de legislativas

Os partidos pró-ocidentais ucranianos tentam nesta segunda-feira (27) superar as divergências políticas e formar uma coalizão, um dia depois das eleições legislativas antecipadas, neste domingo. A ala representada pelo presidente Petro Porochenko teve 21,6% dos votos, contra 21,4% da Frente Popular, do primeiro-ministro Arseni Iatseniuk.  

Os partidos pró-ocidentais venceram às eleições legislativas deste domingo na Ucrânia.
Os partidos pró-ocidentais venceram às eleições legislativas deste domingo na Ucrânia. REUTERS/Gleb Garanich
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Até agora, 55% das cédulas foram apuradas e os resultados são considerados inéditos desde a independência do país, em 1971: as listas favoráveis a uma reaproximação com a União Europeia representam mais de 70% dos votos. O bloco da oposição, que reúne os aliados do ex-presidente Viktor Yanukovich e liderado pelo ex-ministro da Energia Iouri Boiko, obteria 9,8% dos votos, e poderá ser representando na Rada, o Parlamento ucraniano. O inimigo número 1 do Kremlin, Dmytro Iaroch, dirigente do movimento ultranacionalista Pravy Sektor, também foi eleito.

O presidente Petro Porochenko deverá, desta forma, negociar para viabilizar leis e decretos e honrar os compromissos assumidos com seu premiê. Outro ponto importante é que, pela primeira vez desde a independência da Ucrânia em 1991, os comunistas pode ser excluídos do Parlamento.

Barack Obama parabeniza ucranianos por "legislativas bem-sucedidas"

O presidente americano, Barack Obama, parabenizou hoje os ucranianos pelas eleições legislativas "bem-sucedidas" e pela mobilização tranquila de milhões de eleitores, apesar de um contexto "difícil" em algumas regiões do país. "As eleições são uma etapa importante no desenvolvimento democrático da Ucrânia", disse Obama, criticando que as autoridades russas, que ocupam a Crimeia, e os separatistas, tenham impedido vários cidadãos de "exercerem seus direitos democráticos."

O presidente americano também alertou sobre o risco da organização de eleições paralelas pelos pró-russos. "Os Estados Unidos não reconhecerão nenhuma eleição organizada nas regiões controladas pelos separatistas", disse. Mesmo contra a vontade da comunidade internacional, os separatistas pró-russos devem realizar suas próprias eleições presidenciais e legislativas no dia 2 de novembro.

Já Rússia, acusada inúmeras vezes de armar os rebeldes contra o governo ucraniano, denunciou “diversas irregularidades” nas legislativas ucranianas, mas disse que reconhecerá os resultados.
 

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