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Irã/nuclear

Irã retoma negociações com potências sobre programa nuclear

O Irã e o Grupo dos Cinco (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido), mais a Alemanha, retomam nesta quinta-feira (18) em Nova York as negociações sobre o programa nuclear do país. A comunidade internacional espera concluir um acordo definitivo até novembro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Mohammad Javad Zarif.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Mohammad Javad Zarif. REUTERS/Heinz-Peter Bader
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Na véspera da reunião, Ali Khamenei, o guia supremo iraniano, disse que o diálogo com os Estados Unidos não foi "benéfico" para o país, mesmo que ele não "proíba" as negociações sobre o programa nuclear. As conclusões foram publicadas em uma infografia no site oficial de Khamenei.

Para o Irã, "o tom dos iranianos se tornou mais duro" e os Estados Unidos apresentaram "exigências suplementares", como a "a redução da capacidade balística do país" e a interrupção do apoio aos grupos de resistência contra Israel.

Na quarta-feira, o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif tem um encontro com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, antes da nova rodada de negociações que acontece à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Abbas Araghchi, um dos principais negociadores iranianos, disse que "divergências sérias" persistem entre as duas partes, principalmente em relação ao enriquecimento de urânio a alto teor. No acordo assinado em novembro, os iranianos aceitaram limitar a produção do material radioativo a um teor de 5%, em troca da suspensão de algumas das sanções econômicas contra o país.

O Irã insiste no direito de utilizar a energia nuclear para fins pacíficos, mas a comunidade internacional teme que Teerã tenha a intenção de fabricar uma bomba atômica.

Israel pressiona para não-obtenção de acordo

O ministro israelense da Informação Yuval Steinitz se disse preocupado nesta quarta-feira (17) com a obtenção de um "acordo ruim". Segundo ele, as potências estão preocupadas com outras questões geopolíticas mais urgentes, como o conflito no Iraque, na Ucrânia e na Síria, e poderiam ser mais indulgentes nas negociações com o Irã. "É melhor não ter acordo nenhum do que um mau acordo", disse Steinitz.

Israel se considera como um alvo potencial caso Teerã adquira a bomba atômica. "Israel não permitirá que o Irã obtenha a arma atômica. Claro que preferimos uma solução diplomática, desde que seja uma solução real e que englobe todos os aspectos", disse.
 

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