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Espionagem/Internet

Gigantes da Internet pedem supervisão das práticas de espionagem

As oito empresas de Internet mais importantes do mundo pediram nesta segunda-feira ao presidente Barack Obama medidas imediatas de supervisão das práticas de espionagem da NSA, a agência de segurança americana.

O repórter britânico Glenn Greenwald
O repórter britânico Glenn Greenwald REUTERS/Sergio Moraes
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As atividades, reveladas pelo ex-consultor da CIA, Edward Snowden, geraram uma grande desconfiança entre os usuários e clientes de sites e redes sociais como Microsoft, Google, Apple, Facebook, LinkedIn, Yahoo!, AOL e Twitter.

Em entrevista ao repórter do The Guardian Glenn Greenwald, o técnico em Informática americano revelou a existência do Prism, programa secreto de monitoramento eletrônico do governo americano. Através dele, os Estados Unidos tiveram acesso a telefonemas e mensagens de internautas do mundo todo, inclusive chefes de estado, como o presidente Barack Obama ou Dilma.

"Entendemos que os governos têm a obrigação de proteger seus cidadãos. Mas as revelações feitas no primeiro semestre mostram que há uma necessidade urgente de reformar as práticas governamentais", escreveram os representantes das empresas em uma carta aberta ao presidente americano e aos membros do Congresso.

Edward Snowden também demonstrou que a NSA podia decodificar alguns sistemas criptados, utilizados para garantir a segurança dos internautas nos sites.

De acordo com o consultor, as empresas americanas também cooperaram com a NSA, indicando "pontos de entrada" nos programas de Informática. O técnico em Informática também afirma que as empresas americanas forneceram dados sobre seus usuários.

“Estamos nos concentrando na melhoria da segurança dos dados de nossos usuários para impedir qualquer tipo de espionagem não-autorizada’’, diz a carta. As empresas também ressaltam que estão analisando com "extrema atenção" os pedidos feitos pelos governos sobre os dados dos usuários.

Segundo o texto, em vários países o direito dos internautas, garantido pela Constituição foi desrespeitado,  colocando em risco a liberdade dos cidadãos. "As pessoas nunca usarão uma tecnologia na qual não confiam”, disse o vice-presidente executivo da Microsoft, Brad Smith.

Os representantes das empresas de Internet também pedem a autorização para divulgar os pedidos de informações feitos pelas agências governamentais.
 

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