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Egito/manifestação

Tensão marca aniversário do início da crise egípcia

A polícia e o exército reforçaram a segurança na Praça Tahrir, no Cairo, antes das manifestações que comemoram nesta terça-feira o aniversário de dois anos dos confrontos que marcaram o início da crise egípcia, após a queda do ex-presidente, Hosni Mubarak. Centenas de pessoas já estão reunidas na região em protesto contra os responsáveis políticos do país.  

Tanques fecham a Praça Tahrir, no Cairo, nesta segunda-feira.
Tanques fecham a Praça Tahrir, no Cairo, nesta segunda-feira. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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Uma semana após o fim de toque de recolher instaurado durante três meses no Cairo, a praça Tahrir, símbolo da revolução, que resultou na queda do presidente Hosni Mubarak, em 2011, foi cercada pelas autoridades egípcias nesta segunda-feira, 18 de novembro.

No início da noite, cerca de mil pessoas já se reuniam no local. Várias bandeiras com frases de protesto contra o governo formado pelos militares podiam ser vistas espalhadas pelo Cairo. Os manifestantes também usaram as redes sociais para convocar a população às ruas, numa tentativa de derrubar o que consideram como uma nova “junta militar”.

O primeiro-ministro interino, Hazem el Beblaoui, foi até a praça colocar a pedra fundamental para um monumento que, segundo ele, é dedicado à memória dos “mártires”. Durante a cerimônia, o chefe do governo fez referência aos violentos protestos de novembro de 2011, durante a campanha para as primeiras eleições legislativas após a queda do presidente Hosni Mubarak, mas também ao que chama de “revolução de 30 de juin” de 2013, data das manifestações pouco antes da deposição de Mohamed Mursi do poder.

Os militantes consideraram o ato como um insulto aos manifestantes mortos pelas forças de ordem. “Criar um memorial para dizer que respeitamos a alma dos mártires sem exigir que os responsáveis prestem contas é uma verdadeira farça”, disse Ziab Abdel Taouab, do Instituto de estudos dos direitos humanos, no Cairo.

As tensões devem aumentar nessa terça-feira. Uma coalizão islâmica, que inclui a Irmandade Muçulmana, já convocou o povo para manifestações durante o dia, que também corresponde ao aniversário do general Abdel Fattah al Sissi, chefe das forças armadas e homem forte do país desde a queda de Mursi.
 

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