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Rússia/Justiça

Bióloga brasileira do Greenpeace é indiciada por pirataria na Rússia

Dois militantes do Greenpeace detidos na Rússia, a bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel e um cinegrafista britânico, foram indiciados hoje por pirataria em grupo organizado, um crime passível de até 15 anos de prisão. Essas são as primeiras acusações formais no processo que envolve 30 militantes da ONG ecologista detidos no país após tentar invadir uma plataforma russa de petróleo no oceano Ártico, no dia 19 de setembro.

A bióloga gaúcha, Ana Paula Maciel, está detida desde 19 de setembro na Rússia.
A bióloga gaúcha, Ana Paula Maciel, está detida desde 19 de setembro na Rússia. Reuters
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Em um comunicado, a advogada do Greenpeace que defende o grupo de militantes, Irina Issakova, afirma que o indiciamento da brasileira e do britânico por pirataria não tem fundamento legal e não é acompanhado de nenhuma prova. O diretor-executivo internacional da ONG, Kumi Naidoo, disse que a acusação é muito dura e desproporcional.

A bióloga Ana Paula Maciel faz parte do grupo de quatro russos e 26 estrangeiros retidos em Murmansk. No último domingo, a Justiça russa havia anunciado que todo o grupo ficaria preso preventivamente por dois meses. Os ativistas do Greenpeace foram presos depois de tentar invadir uma plataforma de petróleo da empresa Gazprom no oceano Ártico, no dia 19 de setembro. Eles estão detidos em Murmansk, no extremo-norte russo.

O Itamaraty acompanha o caso e a pedido do Greenpeace, o embaixador do Brasil em Moscou, Fernando Mello Barreto, assinou uma “carta de garantia” que deveria facilitar a libertação da brasileira para que ela responda às acusações fora da cadeia.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que os militantes não eram "piratas", mas tinham desrespeitado o direito internacional.
O comitê de instrução russo ainda apresentará as acusações aos demais ativistas presos.

A plataformada empresa Gazprom que o grupo do Greenpeace tentou invadir ainda não está em funcionamento. Ela será a primeiro campo de exploração de petróleo russo no oceano Ártico e vai começara a operar no início do ano.
 

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