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Tunísia/Síria

Tunisianas viajam à Síria para praticar "jihad do sexo" com combatentes

O ministro do Interior tunisiano, Lotfia ben Jeddou, denunciou nesta quinta-feira, durante uma audiência na Câmara dos Deputados, a existência de uma rede de exploração de mulheres tunisianas, que viajam à Síria para ter relações sexuais com combatentes islâmicos.

Manifestante na Tunísia protesta contra ameaça de intervenção militar na Síria
Manifestante na Tunísia protesta contra ameaça de intervenção militar na Síria Foto: Reuters
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A 'guerra santa do sexo', ou jihad al-nikah, é uma prática aceita pelas correntes salafistas radicais, que a consideram como uma forma legítima de guerra santa. Nessas circunstâncias, as mulheres podem ter relações sexuais com múltiplos parceiros fora do casamento.

Segundo o ministro tunisiano, as mulheres, algumas menores de idade, em geral retornam grávidas do país. Ele não soube dizer quantas tunisianas voltaram neste estado e nem se elas receberam atendimento médico adequado.

"Elas têm relações sexuais com 20, 30 ou até 100 jihadistas", disse Loftia ben Jeddou diante dos membros da Assembleia Nacional Constituinte.

O ministro do Interior também não soube dizer quantas mulheres foram à Síria com este objetivo. A imprensa local cita centenas de casos deste tipo e de tunisianos que estão na Síria lutando contra as tropas do presidente Bashar al-Assad.

Os jovens chegam ao país árabe passando pela Turquia e a Líbia, e se unem aos exércitos de jihadistas que há 15 anos vem travando batalhas pelo mundo, em países como no Afeganistão, Iraque e Síria.

O governo da Tunísia tem tentado evitar esse exôdo de combatentes.

De acordo com o ministro, 6.000 jovens foram impedidos de deixar o país para se aliar aos combatentes islâmicos. O controle das fronteiras também foi reforçado nos aeroportos para impedir o embarque de homens e mulheres suspeitos.

O chefe do Ansar Ashariaa, principal movimento jihadista da Tunísia, Abou Ivadh, é um veterano do Afeganistão e dirige o grupo responsável pelo assassinato em 2001 do comandante Massoud, chefe da rebelião antitalibãs.

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