Acusado de fraude, chefe da diplomacia israelense renuncia
O ministro israelense das Relações Exteriores Avigdor Lieberman apresentou sua demissão nessa sexta-feira. O anúncio acontece um dia após o chefe da diplomacia, que é próximo do premiê Benjamin Netanyahu, ter sido indiciado por fraude. A notícia pode abalar o futuro político do país, pois a coalizão do premiê e do chanceler vinha sendo apontada como a favorita para as eleições legislativas, que acontecem em menos de dois meses.
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O ministro é acusado de ter facilitado a promoção de um diplomata em 2001 em troca de informações confidenciais sobre uma investigação envolvendo seu nome. Outras denúncias de lavagem de dinheiro e propina também foram divulgadas, mas a justiça afirma não ter provas suficientes para indiciá-lo.
Avigdor Lieberman vai deixar o governo, mesmo se alega ser inocente. “Apesar de saber que não cometi nenhum delito, eu decidi pedir demissão de meu cargo de ministro das Relações Exteriores e de vice-primeiro-ministro, e renunciar à minha imunidade (parlamentar) para poder me defender rapidamente e limpar totalmente meu nome”, explicou o chanceler israelense.
A demissão de Lieberman pode afetar as eleições legislativas de 22 de janeiro, pois o partido Likoud do premiê Benjamin Netanyahu e do chanceler vinha sendo apontado como o favorito para o pleito. Ainda não se sabe se o ministro vai participar do restante da campanha. O primeiro-ministro avisou que vai assumir interinamente o ministério das Relações Exteriores até a realização das eleições.
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