Al Jazira fecha escritório na China após a expulsão de correspondente
O canal de televisão do Catar, Al Jazira, anunciou nesta terça-feira que irá fechar sua redação em inglês na China, depois que sua correspondente no país, a americana Melissa Chan, teve recusado seu pedido de renovação de suas credenciais de imprensa.
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Segundo a empresa, o governo chinês teria negado vistos para outros funcionários desse mesmo escritório, no entanto o serviço em árabe, que também funciona de Pequim, será mantido. « Da mesma maneira como os serviços de mídia chineses cobrem livremente a atualidade mundial, n ós gostaríamos de ter a mesma liberdade na China para todos os jornalistas da Al Jazira », declarou Salah Negm, responsável editorial da Al Jazira em inglês, à Agence France Presse.
Diversas organizações de jornalistas estrangeiros manifestaram apoio ao caso. O Clube de Correspondentes Estrangeiros na China (CCEC) se disse « escandalizado » pela decisão chinesa de expulsão da profissional, que classificou de « grave ameaça para a capacidade da imprensa estrangeira de trabalhar na China ».
De acordo com a organização, a difusão pelo canal em novembro de 2011 de um documentário sobre o trabalho forçado nas prisões chinesas provocou a fúria dos dirigentes. Embora não tenha participado desta produção, Chan realizou reportagens sobre prisões secretas e conflitos sociais.
Trabalhando no país desde 2007, ela é a primeira jornalista expulsa da China desde 1988, quando o correspondente da revista alemã Der Spiegel foi obrigado a deixar o país acusado de ter tido acesso a segredos de Estado.
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