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Síria/violência

Jornalista francesa ferida na Síria será repatriada nesta sexta-feira

A jornalista francesa Edith Bouvier e o fotógrafo William Daniels, atingidos no dia 22 de fevereiro por um bombardeio em Homs, devem chegar na França durante a tarde desta sexta-feira. Um avião do governo francês foi enviado a Beirute, onde os jornalistas estão refugiados depois de terem conseguido escapar da cidade síria. Com a ajuda de rebeldes, os jornalistas conseguiram chegar à fronteira libanesa depois de utilizarem rotas alternativas para escaparem dos ataques das forças de Bachar Al Assad.

A jornalista francesa Edith Bouvier, ferida na Síria
A jornalista francesa Edith Bouvier, ferida na Síria Edith/Facebook
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A jornalista francesa Edith Bouvier, colaboradora do jornal Le Figaro, sofreu uma grave fratura na perna esquerda durante um bombardeio ao centro de imprensa improvisado situado em Homs, cidade síria tomada pelas forças de Bachar al-Assad nesta quinta-feira. No mesmo ataque, morreram a correspondente de guerra americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Remi Ochlik.

Foi o próprio presidente francês Nicolas Sarkozy quem deu a notícia em Bruxelas, onde participa nesta quinta-feira da Cúpula da União Europeia. Ele falou com a jornalista pelo telefone. "Ela está naturalmente muito cansada, sofreu muito, mas sabe que está livre e em breve será tratada. Não nos esquecemos da tragédia em Homs, e a França exige o fim da violência", declarou. O presidente também agradeceu "aos democratas sírios e aos democratas dos países vizinhos." De acordo com ele, Edith retornará à França assim que tiver autorização dos médicos e o avião-hospital do governo chegar ao Líbano.

Segundo o jornal Le Figaro, Edith também conversou com seus familiares por volta das 17h50, que disseram que a jornalista estava "cheia de energia." No vídeo postado no You Tube no dia 23 de fevereiro, Edith pede um cessar fogo em Homs e explica que precisa ser operada o mais rápido possível. Até esta quarta-feira, as informações sobre seu paradeiro ainda continuavam incertas, mas membros da oposição síria garantiram que ela estava protegida em um local seguro. Dois outros jornalistas, Javier Spinosa, do jornal espanhol El Mundo, e o britânico Paul Conroy, também conseguiram deixar a cidade e chegaram ao Líbano nos últimos dias.

Vídeo mostra enterro de jornalistas

Nesta quinta-feira, militantes sírios divulgaram um vídeo mostrando o enterro dos dois jornalistas mortos no bombardeio em Homs. No filme, um homem de branco, que se identifica como médico, informa o dia e a data da morte de Marie Colvin e Rémi Ochlik, e em seguida mostra os nomes escrito nos sacos onde foram colocados os dois cadáveres. A câmera também focaliza os rostos da repórter americana e do fotógrafo francês. Em seguida, o suposto médico declara que não pode conservar os corpos por falta de eletricidade nos refrigeradores e por isso decidiu cremá-los em um cemitério do bairro de Bab Amr.

A Cruz Vermelha e a organização síria CRAS devem chegar a Homs nesta sexta-feira para a retirada dos feridos. De acordo com Hicham Hassan, porta-voz da Cruz Vermelha, as organizações receberam também indicações ‘positivas’ das autoridades sírias para possível uma trégua humanitária de duas horas por dia, que vem sendo reinvidicada desde 21 de fevereiro.
 

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