Sem Rússia e China, conferência internacional sobre a Síria acontece em Tunis
Representantes de mais de 60 países se encontram nessa sexta-feira em Tunis, capital da Tunísia, para analisar os meios possíveis de ajuda ao povo sírio, esmagado pelo regime do presidente Bachar al-Assad. Organizada pela Liga Árabe, a conferência vai unir países árabes e ocidentais, assim como diversas correntes da oposição síria.
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O principal objetivo da conferência é enviar uma mensagem clara ao regime de Damasco para que cesse a repressão brutal contra seu povo. Os números são chocantes, mais de 7.600 pessoas mortas em onze meses de rebelião.
Os participantes também terão um outro desafio pela frente: encontrar uma resposta à urgência humanitária. Um plano de ajuda internacional será apresentado na conferência. Sobre a questão, a comunidade internacional está dividida. O chanceler francês Alain Juppé propõe a criação de corredores humanitários. Uma ideia à qual a Rússia se opõe, achando que a medida pode agravar o conflito.
A questão das áreas protegidas para os refugiados nos países fronteiriços, proposta pelo Conselho Nacional Sírio, principal força da oposição, também deve ser debatida.
Além da urgência humanitária, a conferência de Tunis vai discutir a possibilidade de se aumentar a pressão sobre o regime, reforçando o cerco econômico e diplomático, segundo o chanceler britânico William Hague.
O encontro também será uma oportunidade para a comunidade internacional tentar convencer a oposição síria, bastante fragmentada, a se unir.
Sem surpresa, Rússia e China serão os grandes ausentes na conferência. As duas nações continuam manifestando apoio incondicional a Bachar al-Assad e rejeitam qualquer ingerência externa na Síria.
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