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Chile/Desastre

Começam escavações para resgatar mineiros chilenos

Começam hoje no Chile as obras de perfuração de um poço que será utilizado para o resgate dos 33 mineiros bloqueados a 700 metros de profundidade na mina San José, no norte do país. Em seguida, esse orifício será alargado entre 60 e 70 centímetros. Os mineiros serão, então, resgatados um a um.

Imagens dos mineiros presos dentro da mina, no Chile.
Imagens dos mineiros presos dentro da mina, no Chile. REUTERS
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A furadeira hidráulica especial, da marca australiana Strata 950, começou a ser instalada neste sábado. Um buraco de cerca de 30 centímetros de diâmetro será cavado até o local onde estão presos os mineiros.

Uma espécie de elevador ou cápsula de resgate vai descer 702 metros em linha reta. A operação de escavação pode durar até quatro meses. A grande questão é se os trabalhadores vão sobreviver todo esse tempo. Segundo o ministro da saúde chileno, Jaime Manalich, cinco deles estão com sintomas de depressão. Para minimizar o stress vivido pelos mineiros, o governo prometeu que neste domingo cada um deles terá um contato com um membro da família, durante pelo menos um minuto.

Os mineiros mantém contato com o mundo externo através de uma tubulação instalada na mina. As autoridades também preveem o envio de aparelhos de MP3 com alto-falantes, DVDs, jogos, roupas e meias de fio de cobre que protegem contra bactérias.

O governo chileno também não exclui a hipótese de adotar um plano B para salvar os mineiros. A ideia seria aumentar o duto que foi escavado para fornecer ventilação. A máquina, que está no norte do país e poderia ser utilizada na operação, demoraria de três a cinco dias para chegar à Copiapo, onde está localizada a mina San José. Os engenheiros devem tentar colocar em prática os dois planos simultaneamente.

Neste domingo, o papa Bento 16 enviou uma mensagem em espanhol aos 33 mineiros, pedindo que eles mantenham serenidade à espera de uma solução.

Contato

Nesse domingo, pela primeira vez, familiares dos mineiros puderam conversar com eles 24 dias após o soterramento. Foi um momento de emoção, principalmente para as famílias preocupadas com a depressão de alguns mineiros. Carlos Garcia, diretor regional do Departamento Nacional de Emergências, afirma que o trabalho feito por um grupo de psicólogos está tendo o resultado esperado, ajudando os mineiros a superar a depressão da longa espera até o salvamento.
 

 

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