Moçambique continua a contar as vítimas do ciclone Kenneth
Aumentou para 41, o número de vítimas mortais da passagem do ciclone Kenneth nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, no norte de Moçambique, há quase uma semana, começando também a surgir os primeiros casos de diarreias que colocam as autoridades de sobreaviso face à possibilidade de surtos epidémicos.
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De acordo com o governo, cerca de 200 mil pessoas estão a precisar de ajuda urgente, dado o cenário de destruição deixado pelo ciclone. Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, mais de 18 mil casas ficaram destruídas. Em conselho de ministros ontem, o executivo decidiu abranger o norte do país no raio de acção do Gabinete de Reconstrução Pós-Idai, mas até lá são numerosas as pessoas que ficaram sem tecto e apenas 34 mil conseguiram abrigar-se em 30 centros de acomodação.
A cidade de Pemba e o distrito de Mecufi em Cabo Delgado registaram os primeiros 25 casos de diarreias, alguns acompanhados de vómitos, o que coloca o sector em estado de alerta face a eclosão da cólera. Segundo Anastácia Lidimba, da direcção provincial de saúde, é necessário "estar em alerta máximo porque nestes sítios de acomodação, sabemos que o sistema de saneamento costuma ser um pouco precário".
O Ministério da saúde deverá nos próximos dias arrancar com a campanha de vacinação contra a cólera em cabo Delgado, província onde o presidente da república Filipe Nyusi efectua uma deslocação nesta quarta-feira para se inteirar dos impactos da passagem do ciclone Kenneth.
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo
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