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Moçambique

Desaparecimento de Afonso Dhlakama marcou ano moçambicano

Em Moçambique, o ano de 2018 foi marcado pelo desaparecimento de Afonso Dhlakama como refere o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.

Afonso Dhlakama, antigo líder da Renamo.
Afonso Dhlakama, antigo líder da Renamo. GIANLUIGI GUERCIA / AFP
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A notícia da prisão do antigo ministro das finanças moçambicano e actual deputado pelo partido no poder a Frelimo, Manuel Chang, na África do Sul, acusado de lavagem de dinheiro e fraude financeira, na sequência de um mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América em 27 de dezembro e a morte do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no princípio do ano, são notas que fazem parte de um balanco menos positivo para Moçambique durante o ano que agora termina.

Contudo, os indicadores que mostram o dia-a-dia dos moçambicanos em 2018 vão noutro sentido porque, de acordo com o Presidente da república Filipe Nyusi, 2018 foi o ano que marcou a retoma da estabilidade politica e económica do país.

Um sinal de estabilidade politica também revelado pelos acordos alcançados entre o governo e a Renamo em relação à descentralização politica e administrativa do país com a aprovação da revisão pontual da constituição da república no parlamento.

Uma revisão que abriu caminho para um novo modelo para as quintas eleições autárquicas de 10 de Outubro das quais a Frelimo venceu, segundo resultados oficiais na maioria dos 53 municípios apesar da contestação dos partidos da oposição que denunciaram casos de fraude eleitoral

Um ano com mostras de relativa estabilidade politica mas que foi contudo assombrado pelos ataques de grupos de homens armados com ligações ao extremismo islâmico contra a população civil e as forças de defesa e segurança na província nortenha de Cabo Delgado, região onde estão instaladas multinacionais na exploração de grandes reservas de gás natural.

Se na política o ano foi de desencontros no sector económico e financeiro a realidade foi outra. O Banco de Moçambique, autoridade monetária nacional fazendo tábua rasa ao apagão que afectou as transações financeiras electrónicas em todo o pais durante cerca de 48 horas, garante que em 2018 a economia moçambicana registou assinaláveis progressos. O Governador do banco central, Rogério Zandamela, diz que foi quebrado o ciclo do retrocesso da economia moçambicana.

Então 2018 ano em que foi inaugurada na capital moçambicana a maior ponte com vão suspenso de Africa termina com largas perspectivas do relançamento da economia nacional para 2019.

02:54

Balanço 2018 de Moçambique

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