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Moçambique

Dívidas ocultas em Moçambique a contas com a Justiça

Em Moçambique o Tribunal Administrativo solicita às empresas MAM, Proindicus e EMATUM mais informação sobre o processo que conduziu à contracção da dívida estimada em pouco mais de dois mil milhões de dólares. O Tribunal solicita num comunicado mais documentos importantes em falta, os mesmos que tinham sido já exigidos pela auditoria efectuada pela Kroll. 

Barcos da EMATUM, uma das empresas envolvidas em dívidas ocultas em Moçambique
Barcos da EMATUM, uma das empresas envolvidas em dívidas ocultas em Moçambique Foto: Manuel Ribeiro/Global Voices
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É mais um capítulo que marca o caso das dívidas ocultas em Moçambique em que o Tribunal Administrativo pretende obter mais informações das tres empresas MAM, Proindicus e a EMATUM.

Estas empresas beneficiaram de pouco mais de dois mil milhões de dólares norte-americanos de divida contraída com garantia do Estado mas sem o aval do parlamento isto durante o segundo e último mandato de Armando Guebuza na presidência da república. 

O pedido de informação pelo Tribunal administrativo a quem compete averiguar o uso de fundos públicos, a sua aplicação e a responsabilização de infractores surge 11 meses depois da procuradoria geral da república que investiga o caso ter constatado durante a fase de instrução preparatória infracções financeiras no processo.

Em comunicado emitido e publicado pelo jornal estatal Notíciais de Moçambique, na sua edição desta quinta-feira o Tribunal Administrativo revela a falta de documentos importantes no processo e requisita, às empresas e aos respectivos gestores arrolados no processo, mais elementos e esclarecimentos a serem anexados aos autos, visto que, como é do domínio comum, a auditoria não foi realizada por este tribunal.

Segundo a nota do Tribunal Administrativo uma vez fornecida a informação em falta, o processo será retomado com a devida celeridade, dada a sua importância e complexidade. Uma celeridade escreve que não deverá pôr em causa os procedimentos legais, bem como o respeito pelos princípios do segredo da justiça e da presunção de inocência.

De Maputo, o nosso correspondente, Orfeu Lisboa.

01:42

Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo

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