Polícia impede marcha da Renamo

A Renamo diz ter sido impedida pelas forças de segurança de apresentar o seu cabeça-de-lista por Maputo. A Polícia da República de Moçambique alega falta de autorização.

Polícia impede marcha da Renamo GIANLUIGI GUERCIA / AFP

Venâncio Mondlane, cabeça-de-lista do maior partido da oposição ao nível da cidade de Maputo, sublinha que o impedimento é inconstitucional, na medida em que desde “1990, quando se aprovou a nova constituição,(...) não há necessidade de autorização para fazer trabalho político".

A Renamo foi impedida de realizar uma marcha pela cidade de Maputo, que tinha como alvo os bairros Ka Mbukwane, Luís Cabral e o bairro do Jardim.

De sublinhar que Venâncio Mondlane, foi afastado, na segunda-feira à noite, da corrida eleitoral pela Comissão Nacional de Eleições. Segundo a lei, "não é elegível a órgãos autárquicos: o cidadão que tiver renunciado ao mandato imediatamente anterior".

Mondlane, em 2015, renunciou ao mandato na Assembleia Municipal de Maputo para ocupar a função de deputado no parlamento moçambicano, na altura pelo MDM (terceira força política do país).

A CNE afastou Venâncio Mondlane por votação, na sequência da impugnação solicitada pelo seu antigo partido, o Movimento Democrático de Moçambique.

Entretanto, a Frelimo, poder, veio negar ter influenciado na decisão da Comissão Nacional de Eleições de afastar Venâncio Mondlane da corrida eleitoral ao município de Maputo, pela Renamo.

Roque Silva, secretário-geral da Frelimo, acrescentou que o partido no poder em Moçambique está firme e "não teme" nenhum adversário.

Com a colaboração de Orféu Lisboa, correspondente em Maputo.