Comunidade islâmica de Moçambique distancia-se dos ataques
A comunidade islâmica de Moçambique distancia-se dos ataques em Cabo Delgado no norte do país. Enquanto isso, o provedor de justiça, Isaque Chande, acredita que as forças policiais vão resolver a situação.
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A situação de violência que prevalece em Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, é preocupante. Quem o diz é Isaque Chade, o novo Provedor de Justiça de Moçambique que foi empossado esta quarta-feira em Maputo.
"Nós todos rezamos para que de facto hajo uma rápida solução para isso. Nós queremos voltar a um país onde o barulho das armas perturba as comunidades. Não deixamos de nos preocupar pelas deslocações que já começamos a ter da população. Mas acredito que as nossas forças de Defesa e Segurança vão tomar conta do assunto", declarou.
Entretanto,o líder da comunidade islâmica na Beira vê outros interesse que motivam a violência que é atribuída a grupos com ligação a religião islâmica.
Abdul Rachide Ismail idz que as riquezas do norte do país podem estar a despoletar a instabilidade.
"O nosso país está-se a desenvolver. Está em vias de descobrir muitas riquezas, e essa deve ser uma das causas. Gerar confusão para poder estar à vontade a explorar essas riquezas, enquanto o povo moçambicano e o próprio governo, talvez, esteja sem saber o que fazer e a acusar os muçulmanos”, explicou.
No norte de Moçambique regista-se uma intensa actividade de pesquisa e exploração de gás natural e petróleo com a presença de várias multinacionais, ao tempo que crescem acções violentas de grupos com conotação islâmica.
Na madrugada de terça-feira, um grupo armado matou sete pessoas em Naúde, norte de Moçambique. Segundo a polícia os atacantes serão o que resta de um bando maior, suspeito de ter decapitado dez pessoas na semana passada.
A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, tem sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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