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MOÇAMBIQUE

Moçambique: Nampula votou em processo controverso

As eleições intercalares de Nampula chegaram ao seu epílogo com a segunda volta opondo os candidatos da Frelimo e da Renamo nesta quarta, 14/3. A sociedade civil denuncia várias situações anómalas no decorrer do processo eleitoral. As eleições acontecem após o assassínio em Outubro de 2017 de Mahamado Amurane, edil da autarquia nortenha moçambicana.

Nampula, Moçambique.
Nampula, Moçambique. Google Maps
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Amurane que fora eleito pelo MDM, Movimento democrático de Moçambique, movimento que apoiou, agora, o candidato da Renamo, Resistência nacional moçambicana.

Esta segunda volta opunha, pois, os dois candidatos mais votados no primeiro turno a 24 de Janeiro.

Foram eles Amisse Cololo, da Frente de libertação de Moçambique, Frelimo, no poder (44, 51% dos votos na primeira volta), e Paulo Vahanle da Renamo (40, 32% na primeira volta).

Poderiamos estar em presença da última eleição directa de um autarca já que se debate actualmente um projecto de descentralização da autoria do chefe de Estado.

Filipe Nyusi pretendia, desta maneira, aceder às exigências da Renamo de alterar a designação dos gestores provinciais e locais.

O movimento da perdiz, implantado sobretudo no norte e centro do país, contestava o facto de os órgãos de poder regional ficarem sob a batuta da Frelimo alegando ter ganho as últimas eleições gerais nessas regiões.

Por ora as eleições autárquicas em todo o território nacional estão agendadas para 10 de Outubro.

A sociedade civil denunciara na primeira volta uma série de anomalias ligadas ao processo de votação, denunciando a pouca fiabilidade dos cadernos eleitorais, facto contestado pelos organizadores do pleito.

Afonso Dlhakama, líder da Renamo, actualmente em paradeiro incerto na Gorongosa, província cental de Sofala, ameaça abandonar as negociações com o chefe de Estado a manter-se a votação de não residentes em Nampula.

Esta suspeita ou ainda a impossibilidade de eleitores recenseados votarem na sequência de peripécias com os cadernos eleitorais voltaram a pontuar algumas denúncias em torno da votação desta segunda volta.

Dados divergentes circularam também acerca da participação no acto eleitoral, com o primeiro turno a ser pontuado por uma fraca mobilização do eleitorado.

Arlindo Murririua, porta-voz do movimento da sociedade civil que acompanhou o pleito em Nampula, descreve as situações que testemunhou de alguma perturbação do processo de votação.

01:44

Arlindo Murririua, porta-voz movimento da sociedade civil nas eleições intercalares de Nampula

 

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