Moçambique: Greve na Universidade Eduardo Mondlane
A Polícia de Intervenção Rápida, lançou gás lacrimogenio, esta manhã, para dispersar os funcionários da Universidade Eduardo Mondlane, que se encontram em greve desde quarta-feira, em Maputo. Os grevistas exigem o pagamento do bónus de efectividade e de anuidade suspensos deste Novembro de 2016.
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Os efeitos da crise económica que Moçambique atravessa já estão a criar focos de revolta. Sob pretexto de redução de despesas com o pessoal, a direcção da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) - a primeira e mais antiga instituição de ensino superior público no país - decidiu não pagar o bónus de anuidade ao pessoal administrativo desde Novembro de 2016. Em resposta, os trabalhadores entraram em greve e encerraram todas as actividades administrativas na universidade.
A polícia foi chamada a intervir e lançou bombas de gás lacrimogéneo, o que só alimentou a fúria dos manifestantes, como contou António Mazima, o porta-voz dos grevistas.
A interrupção das actividades está a comprometer a realização de exames de recorrência nalgumas faculdades, uma situação que poderá complicar-se ainda mais porque os grevistas acusam a direcção de universidade de não estar disposta a dialogar.
Oiça aqui a reportagem de Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, Correspondente em Maputo
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