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MOÇAMBIQUE

Moçambique: Dhlakama critica lentidão do processo de paz

O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, afirmou hoje que o processo de paz está a ser "lento" e que "não era o que esperava". Numa ligação telefónica com simpatizantes do maior partido da oposição, Dhlakama denunciou atrasos nas negociações entre o seu partido e a FRELIMO (partido no poder), relativamente aos grupos criados para a desmilitarização e para a descentralização. 

Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, principal partido da oposição, criticou hoje a lentidão do processo de paz em Moçambique.
Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, principal partido da oposição, criticou hoje a lentidão do processo de paz em Moçambique. DR
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Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, principal partido da oposição, criticou hoje a lentidão do processo de paz em Moçambique. Reagiu assim ao trabalho que tem sido efectuado pelas duas comissões conjuntas com o Governo, encarregadas da descentralização do Estado e de assuntos militares. Dhlakama considera que estas comissões são importantes porque "não basta o fim da guerra, é preciso reformar as instituições". 

Relativamente aos assuntos militares, Dhlakama denunciou nomeadamente o facto de que se mantém o cerco à serra da Gorongosa, o que contraria os discursos oficiais e o anúncio do chefe de Estado, Filipe Nyusi. O líder da RENAMO, afirmou nomeadamente que desejava que as tropas da Frelimo saíssem da zona com mais rapidez.

Ainda assim, o Dhlakama saudou o trabalho de despartidarização que tem sido levado a cabo no seio das forças armadas e que evita a insubordinação militar: "nós queremos forças armadas obedientes, disciplinadas" em que os militares sejam "promovidos com base na confiança técnica e profissional. Não queremos partidos dentro dos militares".

Para que este processo de despartidarização seja levado a cabo com sucesso, Dhlakama considera que é primordial que quadros da RENAMO sejam integrados nas Forças Armadas: "é preciso que os quadros formados com diferentes patentes sejam enquadrados em todos os níveis das Forças Armadas, inclusive nos ramos do Exército e Estado-Maior General". Além da integração nas Forças Armadas, Dhlakama afirmou também que se prevê a integração de indíviduos do maior partido da oposição na Polícia da República de Moçambique e nos Serviços de Informação e Segurança do Estado.

Confira aqui a crónica do nosso correspondente em Moçambique, Orfeu Lisboa, sobre o assunto. 

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Crónica do nosso correspondente em Moçambique, Orfeu Lisboa

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