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Moçambique

Moçambique quer acabar com casamentos aos 16 anos

A ministra do Género, Criança e Acção Social de Moçambique, Cidália Chaúque, revelou à imprensa que se pretende acabar com a permissão de casar aos 16 anos (uma excepção aberta desde que haja consentimento dos pais). Em causa, os esforços de combate aos casamentos prematuros.

Albertina Ricardo e a sua filha. Albertina casou aos 15 anos. 19 de Novembro de 2015. Inhambane.
Albertina Ricardo e a sua filha. Albertina casou aos 15 anos. 19 de Novembro de 2015. Inhambane. ADRIEN BARBIER / AFP
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A ministra do Género, Criança e Acção Social de Moçambique, Cidália Chaúque, revelou que se pretende acabar com a permissão de casar aos 16 anos, uma excepção aberta desde que haja consentimento dos pais.

“Vai ser alterada a lei e vamos retirar a excepção. Já foram feitas auscultações no sentido de submeter a lei à Assembleia da República”, indicou a ministra.

Recorde-se que a legislação actual fixa como idade mínima para casar 18 anos, salvo a tal excepção.

Dados revelados no primeiro Seminário Nacional de Prevenção de Casamentos Prematuros, que encerra este domingo, em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, indicam que 48 por cento das mulheres casou antes dos 18 anos e 12 por cento casou mesmo antes dos 12 anos.

Moçambique fica, assim, entre os 11 países no mundo com a maior prevalência de casamentos prematuros e gravidez precoce.

As províncias de Nampula, Zambézia, Cabo Delgado, Tete e Manica, no norte e centro do país, são as mais afectadas com esta realidade.

Para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a situação representa uma grave violação dos direitos da criança, muitas vezes forçadas a abandonar a escola. Para inverter este quadro, a esposa do Presidente da República de Moçambique lançou no sábado, na província de Cabo Delgado, a Estratégia Nacional de Combate aos Casamentos Prematuros.

Oiça aqui a reportagem do nosso correspondente em Maputo, Orfeu Lisboa.

01:07

Orfeu Lisboa, Maputo

 

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