Moçambique à procura de ajuda “Made in China”
O embaixador da China, Su Jian, manifestou hoje a disponibilidade para ajudar Moçambique a sair da tensão política e da crise económica. A intenção foi manifestada durante uma reunião com a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que vai deslocar-se à China, de 13 a 17 de Fevereiro, à procura de oportunidades de cooperação económica.
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O embaixador da China, Su Jian, afirmou a disponibilidade para ajudar Moçambique, durante uma reunião com a presidente da Assembleia da República.
“A nossa missão principal é ajudar Moçambique para ter mais estabilidade e mais desenvolvimento”, afirmou o diplomata.
Verónica Macamo vai deslocar-se à China, de 13 a 17 de Fevereiro, à procura de oportunidades de cooperação económica e para “aproveitar a experiência da China para incrementar a agricultura” moçambicana.
A China é um dos principais parceiros de Moçambique, com investimentos acima de três mil milhões de dólares nos sectores da agricultura, infra-estruturas, defesa e segurança.
Oiça aqui a correspondência de Orfeu Lisboa.
Correspondência de Orfeu Lisboa
À procura de oportunidades em tempo de “default”
Moçambique entrou oficialmente em incumprimento financeiro a 3 de Fevereiro, depois de terminado o período de tolerância para o pagamento de 60 milhões de dólares referentes à prestação de Janeiro de títulos de dívida soberana com maturidade em 2023.
Moçambique é o primeiro país do continente a falhar um pagamento de dívida desde que a Costa do Marfim não foi capaz de honrar os compromissos financeiros, em 2011.
A Standard & Poor's cortou o 'rating' de Moçambique para 'SD/D', ou seja, incumprimento financeiro parcial, julgando que a falta de pagamento era uma estratégia governamental para forçar os detentores de dívida a negociarem uma reestruturação da dívida.
A Fitch manteve o 'rating' do país e a Moody's também considerou a falta de pagamento como um incumprimento, mas não desceu o 'rating'.
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