Tentativa de assassínio de Carlos Jeque nos arredores de Maputo
Carlos Jeque jurista, candidato a Presidente de Moçambique em 1994 nas primeiras eleições multipartidárias após o Acordo Geral de Paz, ex PCA da LAM e comentador político crítico do regime, foi esta terça-feira alvo de uma tentativa de assassínio nos arredores de Maputo.
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O jurista Carlos Jeque, antigo presidente do Conselgo de Administração das Linhas Aéreas de Moçambique - LAM - é um comentador político muito crítico do regime e do partido no poder Frelimo, que acusou entre outros de "gansgsterismo".
O CanalMoz escrevia em Outubro de 2014 que Carlos Jeque, apoiou a Renamo e Afonso Dhlakama nas eleições de Outubro 2014, tendo no entanto explicado que "na corrida eleitoral o problema não era Filipe Nyusi, mas o sistema que classificou de anacrónico, viciado, maléfico e rodeado de gansterismo, que a Frelimo montou e foi sedimentando ao longo dos anos".
Rahil Khan, quadro sénior da Renamo e amigo da vítima
Carlos Jeque foi alvejado a tiro pelas costas, após uma "grande discussão entre os três assaltantes sobre se o matavam ou não, um deles disse vai-te embora, corre...dispararam-lhe nas costas" afirmou a vítima a Rahil Khan, conselheiro polílitico do líder da Renamo Afonso Dhlakama e grande amigo da vítima.
Rahil Khan visitou-o no hospital, onde ele se encontra na unidade de cuidados intensivos, e afirma que apesar de ser cedo para tirar ilações sobre eventuais conotações políticas nesta tentativa de assassínio, "tratando-se do homem que é tudo é possível...para uma homem com a estatura dele só pode ser".
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