Moçambique: cerco à residência de Afonso Dhlakama na Beira culmina em acordo
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O líder da Renamo, Afonso Dhlakama que saiu ontem (8/10) da "parte incerta" onde se encontrava há 14 dias, após duas emboscadas contra a sua pessoa, viu na manhã desta sexta-feira a sua residência na cidade da Beira, ser cercada por um forte aparato militar.16 dos seus guardas foram detidos e confiscadas as suas armas, pouco antes da conferência de imprensa, que deveria decorrer na presença, entre outros, de alguns dos mediadores do diálogo entre o Governo e a Renamo.Caso do professor Lourenço do Rosário, que condena vivamente o cerco militar e considera que o acordo alcançado hoje é uma "rampa de lançamento" para a desmilitarização da Renamo e a retoma do diálogo com o Governo, admitindo que o "Centro de Conferências Joaquim Chissano não é o modelo mais adequado para tal e que um encontro imediato entre Afonso Dhlakama e o presidente Filipe Nyusi não é pertinente."o líder da Renamo resolveu de uma forma simbólica, entregar as armas (16) dos seus guardas, de modo a permitir viabilizar as conversações para a integração dos seus homens na polícia e nas Forças Armadas, o que seria o início de todo o processo de desmilitarização da Renamo...os homens que foram desarmados hoje, deverão ser integrados numa unidade de protecção, incluindo parte da polícia, para ele deixar de ter homens próprios armados" afirma o também reitor da Universidade A Politécnica.
O jornalista Francisco Carmona, editor executivo do Semanário Savana, que presenciou na manhã desta sexta-feira (9/10) o cerco à residência de Afonso Dhlakama, na cidade da Beira, começa por relatar como tudo se passou.
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