Guiné-Bissau: MADEM pede novo recenseamento eleitoral
Na Guiné-Bissau o governo anunciou hoje o início de um processo de actualização dos ficheiros eleitorais. O Madem, partido lider da oposição, desconfia da operação, que diz ser "um prenúncio de fraude eleitoral".
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Está em vista uma nova fonte de polémica entre a classe política.
O Governo diz que vai avançar com um plano para correcção do banco de dados eleitorais, tendo em vista as eleições presidenciais de 24 de Novembro.
O plano visa colocar nos ficheiros eleitorais cerca de 24, 3 mil potenciais eleitores, cujos nomes tinham ficado de fora nas eleições legislativas de Março passado, por razões de falhas técnicas.
O Madem, movimento para a alternância democrática, diz que não concorda com o processo.
Diz que antes de se pensar em qualquer actualização, devia-se fazer um novo recenseamento eleitoral a ser supervisionado por uma estrutura fora do controlo do Governo.
O partido liderado por Braima Camará, segundo mais votado nas legislativas de Março, diz que não confia na transparência do Governo e não confia também nos ficheiros eleitorais existentes.
O Governo, pela voz do ministro da presidência do conselho de ministros, Armando Mando afirma que está fora de questão pensar sequer num novo recenseamento eleitoral por falta de meios financeiros e tempo.
Para organizar as presidenciais de 24 de Novembro, o Governo guineense diz que precisa de cerca de cinco milhões de dólares.
Acompanhe aqui a correspondência de Mussa Balde, em Bissau.
Correspondência da Guiné-Bissau
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