Luanda recupera 4 mil milhões de dólares desviados
Angola conseguiu até março repatriar coercivamente quase 4 mil milhões de dólares, ao abrigo da lei do repatriamento de capitais, que dava um prazo entre 26 de Junho e 26 de Dezembro de 2018 para o repatriamento voluntário sem qualquer medida de coacção, mas nem 1 dolar retornou nao país de forma voluntária.
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O Estado angolano recuperou no passado mês de março, cerca de 4 mil milhões de dólares e 24 imóveis, no quadro da lei de Repatriamento coercivo de capitais e perda alargda de bens.
Segundo a Directora do Serviço de Recuperação de activos da Procuradoria-Geral da República, Eduarda Rodrigues, o dinheiro e os activos foram recuperados do exterior e no país.
A magistrada, anunciou igualmente que a Procuradoria Geral da República está a trabalhar no processo das empresas privadas criadas ilicitamente com fundos públicos.
Eduarda Rodrigues, sublinhou que estão em juízo desde 2017, mais de 6 centenas de processos referentes a crimes de corrupção, branqueamento de capitais e abuso de confiança.
A recuperação coerciva de capitais ilícitos iniciou no final do ano passado, depois do Ministério Público angolano, não ter conseguido recuperar nenhum capital ao abrigo da lei de Repatriamento voluntário.
O combate à corrupção é a principal prioridade da governação do Presidente, João Lourenço, que deve vencer a resistência de altas figuras do seu partido, envolvidas em crimes de branqueamento de capitais e desvios de fundos públicos.
De Luanda, o nosso correspondente, Avelino Miguel.
Avelino Miguel, correspondente, em Luanda
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