Assembleia nacional em Bissau sem consensos para eleger dirigentes
Ficou suspenso até sexta-feira um novo debate entre os recém-eleitos deputados da Assembleia nacional popular que ontem nao conseguiram chegar a nenhum consenso em torno das entidades dirigentes da assembleia, apesar de várias rondas de negociaçoes. A discórdia foi tal que o presidente da assembleia, Cipriano Cassamá referiu não colocar de parte demitir-se do cargo.
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13 horas de debates na abertura do novo parlamento guineense, os deputados não alcançaram consensos sobre os novos dirigentes da casa legislativa.
O presidente do órgão, Cipriano Cassama, teve que suspender os debates por vota das 3 horas da madrugada, já que não havia entendimento quanto a fórmula para eleição da figura de segundo vice-presidente do Parlamento.
O impasse deveu-se ao facto de o nome proposto pelo segundo partido mais votado nas últimas legislativas, o deputado Braima Camará, coordenador do novo partido, o Madem, ter sido chumbado.
O Madem, partido criado por dissidentes do PAIGC, diz que vai voltar a propor o nome do seu líder Braima Camará para ser novamente votado pelos deputados, a bancada do PAIGC diz que não pode ser, que o Madem tem que apresentar um outro nome.
A situação ficou bloqueada, mesmo como várias rondas de negociações, madrugada dentro.
Perante o impasse, Cipriano Cassamá convocou uma nova reunião do parlamento para terça-feira, dia 23 e já avisou se não houver consensos, não coloca de parte demitir-se do cargo de presidente do parlamento ou então pedir clarificação do regimento parlamentar ao Supremo Tribunal de Justiça.
Digamos que começou da pior forma a décima legislatura do parlamento guineense.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau.
Mussá Baldé, correspondente, em Bissau
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