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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: CNE com falta de verbas

A poucos dias das legislativas na Guiné-Bissau, a Comissão Nacional de Eleições deparou-se com falta de verbas. Por outro lado, a CNE informou que cerca de 20 mil eleitores não vão poder votar no domingo devido a questões técnicas que fizeram com que os seus nomes não constem dos ficheiros eleitorais.

Um militar (que vota antecipadamente) exibe o seu dedo pintado após ter votado para as eleições legislativas numa mesa de voto em Bafatá. 07 de março de 2019
Um militar (que vota antecipadamente) exibe o seu dedo pintado após ter votado para as eleições legislativas numa mesa de voto em Bafatá. 07 de março de 2019 PAULO CUNHA/LUSA
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A poucos dias para que os cerca de 762 mil guineenses votem para escolha de novos deputados ao Parlamento e para a formação de um novo Governo, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) depara-se com falta de verbas para fazer andar o processo.

Preocupado, o presidente da CNE, o juiz José Pedro Sambú, foi dar conta da situação ao chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.

Foi um encontro de trabalho com a sua excelência, o Presidente da República. Falámos de questões de organização do processo eleitoral, concretamente problemas que têm a ver com falta de verbas para pagamento de membros não permanentes, pessoal de educação cívica e aluguer de viaturas. Ele mostrou-se disponível em apoiar, no sentido de interceder junto dos parceiros e do Governo para resolver essa situação”, afirmou José Pedro Sambú, num som registado pelo nosso correspondente Mussá Baldé.

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José Pedro Sambú, Presidente da CNE

O presidente da CNE também informou que cerca de 20 mil eleitores não vão poder votar no domingo devido a questões técnicas que fizeram com que os seus nomes não constem dos ficheiros eleitorais.

A situação ocorrerá com eleitores nas regiões de Gabu, Tombali, Cacheu e em Bissau e vai abranger cerca de 2,7% de eleitores.

José Pedro Sambú lamentou a situação mas observou que a CNE é impotente para reverter o facto já que os 21 partidos concorrentes ao escrutínio não concordam com quaisquer engenharias legais para permitir que aquelas pessoas votem no domingo.

Esta quinta-feira, 1500 militares e polícias votaram na capital. Trata-se das pessoas que vão garantir a segurança do pleito em Bissau no próximo domingo.

Em entrevista a Liliana Henriques, Fernando Bacorim, presidente da Comissão Regional de Eleições (CRE) de Bissau, fez um balanço positivo do processo, mas adiantou que nem todos os militares vão poder votar por falta de meios humanos para tratar todos os dados.

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Fernando Bacorim, presidente da Comissão Regional de Eleições

 

Entretanto, um novo percalço marcou a recta final da campanha eleitoral no que diz respeito à logística. Os proprietários dos automóveis alugados ao GTAPE durante o recenseamento alegam não ter sido pagos e ameaçam não deixar os carros serem utilizados pelo pessoal das comissões regionais de eleições, no domingo, para a distribuição do material eleitoral.

A explicação com Cunhaté Moba, porta-voz dos proprietários dos automóveis alugados ao GTAPE durante o recenseamento eleitoral, numa entrevista de Liliana Henriques, enviada especial à Guiné-Bissau.

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Cunhaté Moba, porta-voz dos proprietários dos automóveis

 

 

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