Bissau fim da greve dos professores, mas alunos não aparecem nas escolas
Passados cerca de quatro meses de greves, os professores da Guiné-Bissau chegaram ontem um acordo com o governo e desta forma decidiram voltar a dar aulas a partir desta quarta-feira, 9 de Janeiro. O problema é a ausência de alunos nas salas de aulas.
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A greve de professores foi desconvocada na terça-feira, mas esta quarta-feira as escolas públicas continuam com poucos alunos.
Há escolas onde em 30 salas de aulas só estão a ser usadas duas, com pouco mais que 20 jovens.
Cumprindo as directrizes do ministério da Educação guineense, o aluno que faltar às aulas a partir desta quarta-feira recebe uma falta. Caso até final do mês não comparecer na escola a sua matrícula é simplesmente anulada e perde o ano.
No Agostinho Neto e em Kwameh Nkrumah, dois dos principais liceus de Bissau, o total dos alunos que compareceram esta quarta-feira não ultrapassou 200, quando em condições normais dos dois estabelecimentos contam com cerca de 600.
Samuel Mango director do liceu Agostinho Neto culpa os pais pela ausência dos alunos nas escolas.
Os pais pediram muito aos professores que suspendessem a sua greve e quando a paralisação é levantada, já não conseguem obrigar os filhos a irem para escola, descreve o director do liceu Agostinho Neto.
Samuel Mango, que é também professor, lamenta e considera triste o que se passa no sector do ensino guineense.
As associações dos alunos desesperam e repetem apelos nas rádios, exortando os estudantes a comparecerem nas escolas.
De acordo com as mesmas associações juvenis, nas escolas do interior da Guiné-Bissau, a situação é diferente com quase a maioria das escolas em pleno funcionamento, como nos conta o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência da Guiné-Bissau, Mussá Baldé
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