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Guiné-Bissau

Processo eleitoral guineense continua nos limbos

Continua por definir a data das eleições legislativas, ao cabo de uma nova reunião entre o Presidente da República e os partidos políticos, isto no dia da chegada de uma missão da CEDEAO que durante a sua permanência, até esta quinta-feira, pretende ajudar a desbloquear o impasse político e levar os actores guineenses a concordarem numa data para a votação.

José Mário Vaz, presidente guineense, aquando do recenseamento a 20 de Setembro de 2018.
José Mário Vaz, presidente guineense, aquando do recenseamento a 20 de Setembro de 2018. GOSCE
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Após um encontro com o Presidente guineense, o chefe da missão, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Geoffrey Onyeama, indicou que esta missão tem por objectivo garantir que o roteiro para legislativas guineenses seja respeitado e que todo o processo seja credível e transparente.

Inicialmente, as legislativas estavam previstas para ter lugar no dia 18 de Novembro. Devido a atrasos no arranque efectivo do recenseamento eleitoral, foram adiadas as eleições que continuam sem data marcada, uma vez que o próprio recenseamento eleitoral tem sido igualmente posto em questão.

Na semana passada, o Ministério Público impediu os trabalhos de recenseamento eleitoral de continuarem, alegando serem credíveis suspeitas de anomalias no processo. Ontem, contudo, a mesma entidade desmentiu ter ordenado a suspensão do registo, referindo ter apenas ordenado a suspensão dos trabalhos no servidor principal. "Se não ordenou, que deixe o pessoal do GTAPE retomar o trabalho", foi a resposta do Primeiro-ministro ao reclamar que sejam desimpedidas as instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.

Foi neste contexto de polémica que o Presidente José Mário Vaz voltou a convocar hoje os partidos políticos, desta vez, sem a presença do Governo, para analisarem os entraves no recenseamento eleitoral. Optando por não abordar a controvérsia envolvendo o GTAPE e o Ministério Público, o chefe de Estado guineense colocou em cima da mesa três hipóteses: ou o recenseamento continua tal como tem decorrido até ao momento, ou é considerado nulo ou, então, continua mas o PNUD fornece novos cartões do eleitor aos potenciais eleitores.

Perante estas interrogações, os participantes do encontro acabaram todavia por falar de uma possível nova data para as legislativas, alguns dos presentes referindo que o Presidente Vaz teria admitido a possibilidade do escrutínio ser organizado em meados de Fevereiro ou princípios de Março de 2019. Mais pormenores com Mussa Baldé.

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