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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: PRS e 20 outros partidos dão ultimato ao Presidente

PRS, MADEM-G15, UPG e 18 outros partidos guineenses sem representação parlamentar, lançam ultimato ao Presidente exigindo a demissão da ministra da Administração Territorial, caso contrário a partir de terça-feira ocuparão o Palácio Presidencial.

Guiné-Bissau: logótipo do PRS, partido que integra o governo
Guiné-Bissau: logótipo do PRS, partido que integra o governo DR/Sede PRS
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Sola Nquilin Na Bitchita, antigo ministro da Administração Territorial, dirigente do Partido da Renovação Social (PRS) segunda força política guineense, que integra o governo, não teve meias palavras durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira (29/11) em Bissau e lançou o seguinte ultimato: "o Presidente José Mário Vaz tem até próxima terça-feira (4/12) para mudar isto, ou seja demitir a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, ou então os partidos que não concordam com a forma como o recenseamento eleitoral está ser conduzido, vão meter os seus militantes no palácio da presidência".

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Mussa Baldé, correspondente em Bissau

Em tom visivelmente irritado e expressando-se em crioulo, Sola Nquilin exortou o Presidente José Mário Vaz a assumir as suas responsabilidades e acabar com situações, que segundo disse, são potenciadoras de fraude eleitoral.

Sola Nquilin exige ainda a demissão de Iaia Bari, técnico do GTAPE, que segundo o deputado "controla o servidor onde são armazenados os dados do recenseamento eleitoral".

Nquilin solicitou igualmente ao Ministério Público que prenda as pessoas que disse estarem a levar a Guiné-Bissau para um conflito.

Falando em nome de 20 partidos, além do PRS o Madem-G15, a UPG, PRS e 18 outras formações políticas sem representação parlamentar, Sola Nquilin instou o primeiro-ministro Aristides Gomes a entregar imediatamente a proposta de demissão da ministra Ester Fernandes.

O dirigente do PRS avisou igualmente a CEDEAO de que a Guiné-Bissau é um país soberano, que jamais aceitará manipulação de eleições.

O aviso de Sola Nquilin ao chefe do Estado está dado: se até terça-feira, dia 04 de dezembro, não houver medidas correctivas no processo do recenseamento, então aí sim o palácio será ocupado por muita gente.

Estes partidos têm frequentemente denunciado irregularidades no processo de recenseamento com vista às eleições legislativas, inicialmente agendadas para 18 de Novembro, mas que continuam sem data marcada.

O Presidente josé Mário Vaz afirmou que só marcaria a data das eleições, depois da conclusão do processo de recenseamento, cujo prazo foi entretanto prolongado.

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