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Guiné Bissau / CNE

Guiné Bissau : Continuam as polémicas com a CNE

O processo da nomeação da nova equipa dirigente da Comissão Nacional de Eleições, capitaneada pelo juiz José Pedro Sambu, continua envolta em polémicas. Agora é o Conselho Superior da Magistratura judicial que se posicionou contra.

Sede da Comissão Nacional de Eleições, na cidade de Bissau.
Sede da Comissão Nacional de Eleições, na cidade de Bissau. Liliana Henriques
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Como dizia um analista, parece que a crise política que abalou a Guiné-Bissau desde 2015 transferiu-se do Parlamento para o judiciário com posicionamentos públicos antagónicos entre juízes.

Na semana passada o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, que por inerência é o presidente do Conselho Superior da Magistratura judicial, Paulo Sanhá, indicou quatro juízes para serem nomeados pelo Parlamento para direcção da Comissão Nacional de Eleições.

Entretanto, aqueles juízes foram eleitos, e até tomaram posse na segunda-feira perante o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá.

Ora, o caso não ficou arrumado ali. Alguns membros do Conselho Superior da Magistratura judicial, não contentes com a forma como o processo foi conduzido pelo presidente do órgão, convocaram uma reunião de urgência para apreciar a indicação feita por Paulo Sanhá para a direcção da CNE. Resultado: “Chumbaram”, por votos, a escolha feita por Sanhá, a quem acusam de desrespeitar as normas. Agora o Parlamento vai ser comunicado da deliberação do Conselho Superior da Magistratura judicial.

Fontes judiciais disseram à RFI que, na prática, Paulo Sanhá levou um cartão amarelo dos seus pares do Conselho, mas que - efectivamente -o processo da nomeação da liderança da CNE não voltará para trás, até porque o posicionamento do Conselho Superior da Magistratura não se trata de uma sentença judicial, mas sim uma apreciação de formalidades administrativas.

Mussá Baldé, Bissau, RFI

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