Governo guineense toma posse
O novo governo da Guiné-Bissau começa a tomar posse esta tarde de quinta-feira. O executivo vai ser dirigido pelo primeiro-ministro Aristides Gomes, 18 Ministérios e 8 Secretarias de Estado.
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O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz lembrou, ao dar posse ao Governo de Aristides Gomes e à restante equipa, que o acompanha que toda sua acção terá que se centrar em cinco eixos; criar condições para a realização das eleições legislativas justas e transparentes no dia 18 de Novembro, garantir o fornecimento regular de energia eléctrica, garantir educação e saúde para todos os cidadãos, trabalhar para o sucesso da campanha da castanha de cajú deste ano e colocar a comida na mesa para todos os guineenses, isto é incentivar o cultivo do arroz base da dieta dos guineenses.
Tudo isso terá que ser feito em sete meses. É pouco tempo, sim, mas José Mário Vaz diz que acredita na capacidade dos novos governantes e ainda na ideia de que o guineense quando quer faz.
O chefe do Estado diz ser verdade que o país conheceu muita turbulência política e social nos últimos três anos, mas também acredita que Guiné-Bissau entrou numa nova era com a formação do novo Governo de consenso e inclusivo.
O novo primeiro-ministro, Aristides Gomes, que irá chefiar um executivo composto por 16 ministros e oito secretários de Estado, prometeu combater o clientelismo que infesta a política do país e ainda promover uma maior regulação do Estado como nos explica o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência de Bissau
Segundo o decreto presidencial, a pasta do Ministério dos Negócios Estrangeiros fica a cargo de João Butiam Có, um jovem sociólogo e antigo director-geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas.
Outro destaque da formação do novo governo é o Ministério da Economia e Finanças, que fica sob tutela do primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes.
Depois de ter gerado discussão entre os partidos e a Presidência da República, o Ministério do Interior foi entregue a Mutaro Djaló, um quadro sénior deste Ministério e recentemente promovido a general.
A pasta da Defesa é entregue a Eduardo Costa Sanhá, que também mantém a pasta.
Nesta formação o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) fica com quatro Ministérios e quatro secretarias de Estado; os Ministérios da Educação e Ensino Superior e Desporto, Camilo Simões Pereira, a pasta das Obras Públicas, Construção e Urbanismo, António Óscar Barbosa, o Ministério da Administração Territorial, Ester Fernandes, e a pasta do Ministério das Pescas é entregue a Adiatu Nandigna.
O PAIGC assume ainda as secretárias de Estado das Comunidades, Queba Banjai, da Gestão Hospitalar, Pauleta Camará, da Energia, João Saad, e do Tesouro, Suleimane Seidi.
A segunda bancada parlamentar, O PRS, fica com os Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nicolau dos Santos, que mantém a pasta, Energia, Indústria e Recursos Naturais, António Serifo Embaló, Reforma Administrativa, Função Pública e Trabalho, Fernando Gomes, Comunicação Social, Vitor Pereira, mantém a pasta e Saúde Pública, Família e Coesão Social, Maria Inácia Sanhá.
As secretárias de Estado do Ambiente, Quité Djaló, Orçamento e Assuntos Fiscais, João Alberto Djatá foram, igualmente, entregues ao PRS.
Quanto aos restantes partidos com representação parlamentar; o Partido da Convergência Democrática, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, também ficaram responsáveis por três Ministérios.
O Partido da Convergência Democrática ficou com o Ministério do Comércio, Turismo e Artesanato, Vicente Fernandes, e com a secretaria de Estado do Plano e Integração Regional, Umiliano Cardoso.
Já o partido Nova Democracia foi atribuído o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, Iaia Djaló, e à União para a Mudança a pasta da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Agnelo Regala.
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