Secreta guineense com nova direcção
Bissau foi palco quinta-feira de um espectáculo envolvendo duas forças policias que quase entraram em confronto em plena luz do dia. O Presidente José Mário Vaz teve que intervir hoje para repor a ordem.
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O Presidente guineense presidiu hoje à reunião do conselho de ministros para analisar o incidente que ocorreu ontem, quinta-feira, envolvendo as forças de segurança em plena via pública. Por um lado a Policia de Intervenção Rápida (PIR) e por lado os Serviços de Informação e Segurança (SIS), a secreta guineense.
Por pouco a situação não descambou, tudo porque o ministro do Interior, Botche Candé que comanda a PIR, ordenou a retirada das instalações do SIS do director interino que lá se encontrava, este, alegando ordens em contrário do primeiro-ministro, Umaro Cissoco Embaló, manteve-se nas instalações.
O ministro do Interior mandou um contingente da PIR retirar toda gente das instalações, o que provocou algum pânico nas pessoas que se encontravam nas imediações do mercado do Bandim, onde fica a sede da secreta guineense.
Para serenar os ânimos, o Presidente José Mario Vaz teve que presidir hoje ao conselho de ministros como indicou o porta-voz do governo, Fernando Vaz, "a sessão destinou-se à apreciação da situação política interna, vigente no país em ocorrência da falha de comunicação no Serviços de Informação e Segurança. Com a convocação da sessão especial, o Presidente da República quis inteirar-se da situação e pediu esclarecimentos sobre o ocorrido naquele serviço estratégico do Estado".
Sob proposta do Presidente José Mário Vaz, foi nomeado Alfredo Vaz para cargo de director-geral do SIS, com competências para propor os seus dois adjuntos como explica o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência de Bissau
Ontem, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, auscultou os principais atores políticos do país para tentar encontrar uma saída para a crise política, já que persistiram as divergências.
O presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá e o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, reafirmaram a defesa do Acordo de Conacri como solução para saída da crise.
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