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Guiné-Bissau

Polícia reprime manifestação em Bissau

A Liga Guineense de Direitos Humanos condena veementemente a actuação desproporcionada e musculada da polícia, que este sábado reprimiu violentamente manifestantes pacíficos. 

Logótipo do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados na Guiné-Bissau
Logótipo do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados na Guiné-Bissau M.C.C.I
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Este sábado (8/04) algumas dezenas de jovens do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados manifestaram pacificamente em Bissau, para de novo pedir a demissão do Presidente José Mário Vaz e o respeito pelo Acordo de Conacri.

A polícia - em número superior ao de manifestantes - reprimiu-os com gás lacrimogéneo e à cacetada, tendo espancado alguns dentre eles e detido sete, que foram libertados algumas horas mais tarde. 

Este mesmo movimento convocou manifestações a partir do dia 20 de Abril em protesto contra a visita oficial do Presidente senegalês Macky Sall, que, com em pano de fundo a crise  politico-institucional que o país vive, vir a assinar um "acordo ruinoso" em torno do petróleo existente na zona comum em off shore, do qual apenas 15% revertirão a favor da Guiné-Bissau.  

09:03

Augusto Mário da Silva, presidente da LGDH

Augusto Mário da Silva, presidente da Liga Guineense de Direitos Humanos - LGDH - insurge-se contra a "actuação desproporcional e musculada da polícia...houve um uso excessivo de gases lacrimogéneos para intimidar manifestantes pacíficos, que não causaram desacatos nem actos de vandalismo..isso é uma forma de limitar os direitos fundamentais dos cidadãos previstos na Constituição".

Augusto Mário da Silva afirma ainda que nessa mesma noite se avistou  com o comissário geral da polícia de ordem pública, que afirmou que "não houve nenhuma ordem superior para reprimir os manifestantes..num Estado democrático de direito deveria haver um inquérito interno... exigimos uma explicaçao pública por parte do comissariado da policia de ordem publica sobre o que se passou".

O presidente da LGDH acredita no entanto que não haverá repressão, caso haja manifestações quer no dia 13 de Abril quando se assinalam três anos sobre a eleição de José Mário Vaz, quer durante a visita do Presidente senegalês Macky Sall entre 20 e 23 de Abril.

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