JOMAV: "Guiné-Bissau vive na calma total desde que fui eleito"
No seu discurso de encerramento do simpósio internacional "Caminhos para a busca da paz e reconciliação entre os guineenses", que hoje encerrou em Bissau, José Mário Vaz afirmou que desde que foi eleito chefe do Estado, a Guiné-Bissau "vive na calma total".
Publicado a: Modificado a:
No discurso, José Mário Vaz disse, por exemplo, que a sua acção de busca incessante da paz fez com que os militares deixassem de se imiscuírem na vida política do país. "A minha acção e determinação têm sido determinantes em evitar novo derramamento de sangue na pátria de Cabral", afirmou o Presidente guineense.
O problema, considera o chefe de Estado, está na classe política que se furta de cumprir com as leis da República, privilegiando manobras partidárias. Neste particular, o líder guineense apontou o dedo acusador ao Parlamento que, segundo disse, bloqueou o país por se recusar a aprovar o programa do Governo e desta forma impede o desenvolvimento do país.
A crise que se vive na Guiné, segundo o chefe de Estado, deve-se unicamente a "uma clara obstrução e bloqueio" por parte do órgão legislativo do país. O Parlamento recusa-se a discutir em plenário o programa do Governo por considerar ter sido criado pelo chefe do Estado à margem da Constituição e das leis.
É ainda de realçar que José Ramos Horta foi convidado de honra no simpósio e José Mário Vaz fez questão de saudar o ex-presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da Paz.
O simpósio encerra assim após três dias em que políticos, organizações mundiais, a sociedade civil, mas também músicos, se reuniram para discutir acerca do futuro da Guiné-Bissau.
Confira em baixo a crónica do correspondente da RFI na Guiné-Bissau, Mussá Baldé.
Crónica do correspondente da RFI na Guiné-Bissau, Mussá Baldé.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro