Apesar da turbulência política que agita a Guiné Bissau, o ministro da economia e finanças Geraldo Martins anunciou esta semana a boa nova : o país teve um bom desempenho económico em 2015, cresceu de 5% e as receitas correntes atingiram o nível mais elevado de sempre, o equivalente a 126 milhões de euros.Como boa-nova o ministro guineense da economia e finanças Geraldo Martins afirmou ainda estarem criadas as condições para o pagamento dos salários da função pública a cada dia 27, o que segundo o gerente comercial guineense Mbusuni Midana, pode até permitir "criar poupança, o que não acontece há muito tempo na Guiné-Bissau".Se houver estabilidade política as perspectivas anunciam-se boas, pois este mês o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) deverá financiar com 36 milhões de euros os sectores de governação, energia e transportes e o Banco Mundial deverá disponibilizar 12 milhões de dólares para pagar os salários dos professores e profissionais de saúde entre Janeiro e Junho de 2016.Apesar dos mais de mil milhões de euros prometidos à Guiné-Bissau na mesa redonda de doadores realizada em Bruxelas em Março do ano passado, estarem de certa forma congelados devido à instabilidade política, foi "altamente positiva a campanha de comercialização da castanha de caju...pelo menos 40% da população depende desse produto" que é também o principal produto de exportação do país.Quando a 13 de Agosto de 2015 surgiu a crise política despoletada pela demissão por decreto presidencial do até então Primeiro Ministro Domingos Simões Pereira, "a maior parte do caju já estava exportada e a um bom preço", considera Mbusuni Midana, para quem "esta altamente positiva campanha...associada a reformas como o guichet único para exportação de caju, o aumento das receitas fiscais ou ainda a prevista eliminação de capital mínimo para a criação de empresas", são alguns dos factores que concorreram para o bom desempenho económico do país.A facilidade de fazer negócios na Guiné-Bissau em 2016 deverá subir de 3 pontos no índice Doing Business do Banco Mundial, passando da posição 181 atribuida em 2015 para 178° lugar.
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