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UNIÃO EUROPEIA

Parlamento Europeu discute cargos de topo da UE

Ursula von der Leyen começa campanha para convencer eurodeputados de que merece uma presidência da Comissão Europeia, da qual não foi Spitzenkandidat. Processo advinha-se complexo.

Ursula von der Leyen, ministra da Defesa alemã, espera aval dos eurodeputados para presidir à Comissão Europeia
Ursula von der Leyen, ministra da Defesa alemã, espera aval dos eurodeputados para presidir à Comissão Europeia Reuters
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Os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia alcançaram um consenso, depois de uma cimeira conturbada que deitou por terra o processo dos Spitzenkandidat. Tanto Manfred Weber, o candidato do Partido Popular Europeu (PPE), como Franns Timmermans, do Partido Socialista Europeu (PSO), se viram afastados da governação europeia, em prol da conservadora alemã Ursula von der Leyen. 

No entanto, para a ministra da Defesa alemã se tornar a primeira mulher a liderar a Comissão Europeia, terá que ter pelo menos o aval dos eurodeputados conservadores, socialistas e liberais. Uma tarefa que se pode revelar difícil, já que muitos deles estão descontentes não só por não se ter respeitado o processo de 'Spitzenkandidat', mas também pela distribuição geográfica dos lugares de topo, que afastou qualquer país da Europa oriental.

Os próprios eurodeputados conservadores dos países leste poderão oferecer resistência a dar um voto favorável.

Certo é que é do seio dos socialistas alemães que sopram os ventos mais críticos. 

Em entrevista à estação Deutsche Welle, a eurodeputada social-democrata Katarina Barley, até há bem pouco tempo ministra da justiça alemã, anunciou a recusa em aprovar a escolhas dos Chefes de Estado e de Governo. "Não se trata da pessoa, mas de todo o pacote. Não podemos aceitar.", ao acrescentar que "Os Chefes de Estado e de Governo não podem ignorar o princípio do "Spitzenkandidat". Muitos do meu grupo vão vota contra Ursula von der Leyen", advertiu.

O próprio primeiro-ministro português não se mostrou completamente confiante, na terça-feira, de que o nome da alemã possa suceder a Jean-Claud Juncker. "Espero que o Conselho não tenha subavaliado a importância do Parlamento Europeu e a sua capacidade de decisão", disse, apesar de garantir que é "um acordo equibilirado a nível de género, de distribuição geográfica e de distribuição política".

O nome de Ursula von der Leyen só vai, no entanto, a votos daqui a 2 semanas, na segunda sessão do Parlamento Europeu. Até lá, a conservadora alemã, entra em campanha para evitar uma crise nas instituições europeias.

Em entrevista à RFI, o antigo vice-presidente do Parlamente Europeu, Manuel dos Santos, considera que devia ter-se aceitado o nome do candidato do PPE, Manfred Weber, e respeitado o processo do Spitzenkandidat. No entanto, o socialista diz estar confiante no bom senso dos eurodeputados para aprovar o nome designado.

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Antigo vice-presidente do Parlamento Europeu, Manuel dos Santos

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