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França/Rússia

Marinheiros russos chegam à França para treinamento de navio guerra

Cerca de 400 marinheiros russos desembarcaram nesta segunda-feira (30) em Saint Nazaire, no noroeste da França, onde participarão de um treinamento para operar o navio de guerra Mistral ‘’Vladivostok’’, vendido para a Rússia em 2011. O negócio suscita polêmica em razão da crise na Ucrânia, diante da ofensiva dos separatistas pró-russos.  

Marinheiros militares russos chegam ao porto francês de Saint-Nazaire 30 de junho de 2014.
Marinheiros militares russos chegam ao porto francês de Saint-Nazaire 30 de junho de 2014. REUTERS/Julie Louise
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A entrega dos navios está prevista para o outono e provoca tensões entre Paris e os aliados. O presidente americano Barack Obama já havia demonstrado no início de junho preocupação em relação aos contratos, já que a Rússia desrepeitou as leis internacionais com a anexação da Crimeia.

Mas, por enquanto, a França não parece disposta a cancelar a venda. O governo Hollande alega que as multas seriam pesadas demais para os cofres públicos. O valor do contrato ultrapassa R$ 3,5 bilhões. Um segundo, navio, o Sebastopol, em homenagem à cidade na Criméia onde está atracada a frota da marinha russa, também deve ser entregue pela França em 2015.

No início de junho, o presidente russo Vladimir Putin alertou a França contra um possível cancelamento do contrato. Segundo ele, caso os franceses cancelassem o negócio, o país exigiria uma indenização. A situação não contribuirá "para o desenvovimento da cooperação técnica e militar", disse Putin.

Protestos marcam chegada de marinheiros

Os marinheiros russos, que representam duas tripulações de 200 homens, devem permanecer na França até o outono. Ele ficarão alojados a bordo do navio militar russo Smolny, que está atracado atrás do Vladivostok no estaleiro da cidade francesa.

Neste domingo, antes da chegada dos russos, um grupo de ucranianos protestou na cidade e pediu ao presidente François Hollande que cancelasse a entrega. Os ucranianos temem que os dois navios de assalto anfíbios sejam usados como arma de guerra pela Rússia contra as forças ucranianas.

 

 

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