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Proposta feita após acidente entre Rio e Paris poderia ajudar buscas do voo MH 370

O mistério sobre o voo MH 370 da Malaysia Airlines e as mentiras no alto escalão do governo francês sobre escutas telefônicas envolvendo ex-presidente Nicolas Sarkozy dividem as manchetes da imprensa francesa desta quinta-feira (13).

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Enigma em pleno céu. Esse título foi o título escolhido pelo Aujourd'hui en France para explicar o mistério em torno do voo MH 370 da Malaysia Airlines. Quanto menos notícias temos sobre o avião, mais temos vontade de saber o que aconteceu com o Boeing 777 que desapareceu no trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, escreve o jornal.

O destino da 239 pessoas a bordo intriga e fascina ao mesmo tempo, afirma o diário. Um jornalista do Aujourd'hui en France decidiu fazer como vários internautas que tentam através de programas de imagens de satélite participar das operações de busca. Mas os esforços foram em vão.

Ouvido pelo jornal, um representante do sindicato dos controladores aéreos explica que aviões podem ser seguidos e localizados por rádio e radares, e ele se surpreende com a falta de sinais do Boeing.

O Acidente lembra o Rio-Paris

O Les Echos afirma que não foram tiradas lições da queda de outro avião, o Airbus que fazia o voo entre Rio e Paris, em 2009. Para o jornal econômico, o mistério sobre o Boeing 777 da Malaysia Airlines talvez pudesse ser evitado se a Organização da Aviação Civil Internacional tivesse adotado uma das recomendações da agência francesa que investigou a queda do AF447.

A agência, lembra o Les Echos, sugeriu em um relatório apresentado em 2012 a transmissão de dados via satélite em tempo real durante o voo. Para o jornal, essa transmissão poderia não explicar as causas mas ao menos permitiria conhecer as circunstâncias do acidente com o MH370. A proposta da agência francesa está engavetada, lembra o diário.

Escutas telefônicas de Sarkozy podem derrubar ministros

Os jornais analisam principalmente as contradições da ministra da Justiça Christiane Taubira que num primeiro momento disse que não sabia de nada e, depois, confessou que havia sido informada das escutas autorizadas judicialmente.

A oposição não vê outra saída, senão sua demissão, informa o Le Figaro. Em editorial, o jornal conservador diz que o governo socialista foi flagrado na tentativa de eliminar um rival político e o nível de exigência dos franceses com seu governo faz com que os pedidos de demissão de Taubira e do ministro do Interior, Manuel Valls, se tornem inevitáveis e devem ser aceitos pelo presidente da República.

OLibération afirma que a gafe da ministra da Justiça cai como uma luva para a direita francesa. No entanto, o caso que desestabiliza o governo socialista não impede a sequência das investigações da justiça sobre denúncias de financiamento ilegal da campanha de 2007 do ex-presidente Sarkozy.
 

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