UE e Ucrânia vão assinar acordo de associação
Nesta quinta-feira (6), em Bruxelas, a reunião extraordinária do bloco sobre a crise ucraniana terminou com uma decisão unânime: a União Europeia vai assinar a parte política do acordo de associação com Kiev antes das eleições de 25 de maio, na Ucrânia. O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
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O acordo entre a União Europeia e a Ucrânia envolve princípios gerais de cooperação política interna, de política exterior e de segurança, esclareceu o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, reiterando que o documento " vai selar a associação política entre a União Europeia e a Ucrânia".
A prioridade imediata é a estabilidade macroeconômica e o bloco vai trabalhar para adotar rapidamente medidas de caráter comercial para que a Ucrânia possa beneficiar das vantagens previstas pelo acordo de livre-comércio ligado ao acordo de associação. A baixa das taxas alfandegárias será o primeiro passo para os produtos ucranianos terem acesso ao mercado europeu.
Ainda sob o aspecto econômico, mas do outro lado do Atlântico, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou uma ajuda econômica à Ucrânia da ordem de US$1 bilhão. Falta agora o voto ser submetido ao Senado.
Obama:"Referendo violaria direito internacional"
A Ucrânia está no centro das preocupações do governo americano. Para o presidente Barack Obama, um referendo na Crimeia violaria o direito internacional.
O parlamento da Crimeia, região autônoma no sul Ucrânia, aprovou nesta quinta-feira a adesão da região à Federação da Rússia e solicitou a Moscou que reconheça esta integração. As autoridades locais anunciaram a organização de um referendo popular no próximo dia 16 de março.
"Estamos em 2014, já passou a época em que as fronteiras podiam ser redefinidas desprezando-se os dirigentes eleitos democraticamente", disse Obama, cujo governo anunciou na manhã desta quinta a aplicação de restrição de vistos em resposta à violação pela Rússia da integridade territorial da Ucrânia. A Casa Branca também estuda congelar os bens de responsáveis russos e ucranianos envolvidos na iniciativa.
Femen
Em Nova York, militantes do movimento feminista Femen manifestaram em Times Square para denunciar a ocupação da província da Crimeia pelas forças russas. Com os seios nus pintados de azul e amarelo, cor da bandeira da Ucrânia, cinco jovens também pediram uma resposta mais firme dos Estados Unidos e da União Europeia contra o presidente russo Vladimir Putin.
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