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“Milagre econômico” dos emergentes chega ao fim

Após um período de bonança, os emergentes passaram a dar dor de cabeça aos mercados. Esta segunda-feira (27) é marcada pelo nervosismo nas bolsas europeias e asiáticas. Para a imprensa econômica, essa é a prova do fim da lua-de-mel entre os investidores e as economias dos países em desenvolvimento.

O peso argentino é uma das moedas dos países emergentes que mais sofreram com a desvalorização.
O peso argentino é uma das moedas dos países emergentes que mais sofreram com a desvalorização. REUTERS/Murad Sezer
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Os mercados emergentes, que eram a salvação da economia mundial, são vistos agora como um problema para os investidores. O jornal Les Echos avalia que as moedas da Turquia, da Ucrânia, da Rússia e da Argentina estão em queda livre e vivem um momento de "grande desordem".

Em editorial, o jornal decreta o fim do "milagre emergente". Para o diário econômico, o fim dessa era está ligado, em grande parte, à desaceleração da economia chinesa. As mudanças na política monetária do Fed (Banco Central dos EUA) passaram a tornar investimentos nos Estados Unidos mais atraentes e também provocaram uma verdadeira fuga dos investidores nas economias emergentes.

Outro pilar que também acabou ruindo foi a crença que as economias dos países emergentes seriam blindadas a choques externos. A reportagem avalia também que gargalos no crescimento do mercado doméstico da Índia e do Brasil provam que esse modelo de crescimento está se deteriorando.

Moody’s

Le Figaro coloca logo na manchete que a nota que a agência Moody's atribui à França continua sob tensão. Segundo o jornal, a agência duvida da capacidade da França de melhorar a sua competitividade apesar das reformas anunciadas pelo presidente François Hollande.

Para a agência, a França continua a ter um mercado de trabalho "muito rígido e uma carga tributária muito elevada". Os analistas da Moody’s também criticam a tensão social no país. Resultado: a Moody’s continua a manter a nota francesa em perspectiva negativa.

Para o jornal, é preciso ficar de olho também no que dizem as outras grandes agências de notação de risco. No próximo dia 25 de abril, a Standard and Poor’s vai atualizar a sua avaliação sobre a economia francesa. Vale lembrar que, em janeiro de 2012, ela foi a primeira a tirar o triplo A -nota máxima- da França.

 

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